terça-feira, 6 de abril de 2010

O direito à felicidade/Amores impossíveis

Pensamentos sobre felicidade em Dia de Namoro (suposto patamar de felicidade).
"A felicidade imediata é uma imagem mobilizadora que faz avançar com a tenacidade e o ímpeto de uma locomotiva", Carla Romualdo.
“A ciência da felicidade é uma ciência da pessoa. Experimentando, errando, e tentando de novo, cada um de nós descobre aquilo que o ajuda a viver e a sentir-se bem” (Francesco Cavalli Sforza e Luigi Luca Cavalli Sforza, Os Caminhos da Felicidade). Daniel Gilbert (psicólogo, professor da Universidade de Harvard, autor de Tropeçar na Felicidade) descreve a felicidade como “um estado emocional subjectivo”. “A felicidade emocional é uma frase que define um sentimento, uma experiência, um estado subjectivo e por isso não tem um referente objectivo no mundo físico.”
Uma das definições mais consensuais sobre felicidade “tem precisamente a ver com a ideia de bem-estar subjectivo, isto é, como é que cada um avalia subjectivamente a sua relação com a vida”, observa a psicóloga Helena Marujo (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa).
“A maior parte dos instrumentos de avaliação da felicidade centram-se actualmente nesta ideia do quanto cada um está satisfeito ou feliz em relação a um ideal de vida.”
O psicólogo e sociólogo Ruut Veenhoven (Universidade Erasmus, Roterdão) define-a como “o quanto cada um gosta da vida que tem”. Mas se há teses dentro do estudo da felicidade que defendem que só é possível avaliar a felicidade subjectivamente, há autores (Prémio Nobel da Economia Daniel Kahneman) que asseguram podermos ir mais além, medindo este sentimento objectivamente. Para o efeito, “é pedido às pessoas no momento, e em múltiplos momentos, que descrevam o que estão a sentir”, explica Helena Marujo.
A felicidade de um momento - o que Paulo Halm tão bem descreve na sua longa-metragem "Histórias de amor que duram apenas 90 minutos" (prémio do público na 13ª Festival Lusobrasileiro em Santa Maria da Feira)!
"Os amores impossíveis são excelentes para aguçar o engenho e alimentar a veia literária, mas de pouco servem para quem vive com os pés bem assentes no chão."(Margarida Rebelo Pinto).