quinta-feira, 22 de abril de 2010

Resistência interna em França: "A catedral de Paris não é uma sinagoga nem um templo maçónico"



Cerca de 50 jovens católicos procedentes dos movimentos Civitas, MJCF (Movimento da Juventude Católica da França) e Jovens de Saint-Nicolas [du Chardonnet], impediram a realização da conferência de Quaresma do rabino Krygier na nave da catedral parisiense de Notre-Dame.
Antes que o rabino usasse a palavra no domingo, 21 de março, em Notre-Dame de Paris, e enquanto o Cardeal André Vingt-Trois concluía a sua introdução, um dos manifestantes levantou-se e propôs a recitação de um Terço em “reparação a este escândalo”. Após o início da oração, as autoridades pediram aos jovens que se calassem e o som do órgão sobrepôs-se à voz dos jovens. Que entregaram também folhetos explicando sua ação aos presentes. Mons. Jacquin, reitor da catedral, chegou ao ponto de ameaçar uma senhora de a colocar fora da igreja à força.
Tratava-se do primeiro discurso de um rabino na catedral em toda a História.
Após alguns minutos de interrupção, a conferência foi reiniciada com o rabino pronunciando seu discurso na sacristia, ao lado do cardeal, enquanto os fiéis que recitavam o Terço eram convidados a deixar o local pelo serviço de segurança. Ao sair, cantavam “Christus Vincit” e o famoso canto composto por São Luis Maria Grignon de Montfort “Vive Jésus, Vive Sa Croix”.
Os jovens continuaram o seu Terço do lado de fora da catedral em reparação e pela conversão dos judeus. No fim do evento, os jovens tentaram exibir uma bandeira com os afirmações: “Notre Dame não é uma sinagoga”, mas foram impedidos pelos policiais.
O superior do Distrito da França da Fraternidade São Pio X, Pe. Régis de Cacqueray, ao felicitar os jovens pela iniciativa, afirmou: “A catedral de Paris não é uma sinagoga nem um templo maçónico”.
A conferência fazia parte da série “Vaticano II, uma bússola para o nosso tempo”, promovida pelo Cardeal Vingt-Trois durante a Quaresma. A iniciativa procurou expressar a adesão do episcopado francês, do qual o Cardeal é presidente, ao Concílio Vaticano II e as suas reformas num período em que este se vê contestado e que a discussão de seus documentos é oficializada por Roma.
Conclusão: O Vaticano II ainda não consegue mentalizar os católicos para a "bússola para o nosso tempo".