Sobre se os homens amam ou não as mulheres independentes e senhoras do seu nariz haveria muito (ou nada) a dizer. Sou levada a crer que, na sua devastadora maioria, fogem delas como o diabo da cruz! Mas, há quem acredite que sim, e, estando afastada destas lides, respeito, por falta de idoneidade intelectual para ripostar à altura de quem tem experiência na área. Se pensarmos que o futuro deverá ter muitas destas mulheres, pode vir a ser um problema esta "alergia" do mundo masculino. Faça um exercício. Que tipo de homem se aproxima de Indra Nooyi (CEO da Pepsi Co), de Ângela Merkel (chanceller da Alemanha), de Sheila Bair (chairman da Federal Deposit Insurance Corp), de Cynthia Carroll, (CEO da Anglo American), de Ho Ching (CEO da Temasek), de Irene Rosenfeld (CEO da Kraft Foods), de Maria Ramos (segundo a Fortune, mais poderosa do que a rainha de Inglaterra, mais importante do que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e mais popular do que a apresentadora da televisão Oprah Winfrey - CEO do grupo bancário sul-africano ABSA) ou de Meredith Vieira (apresentadora e jornalista da NBC)?
Onde estão os homens que se aproximas das mulheres que ganham mais do que ele, frequentam lugares mais elitistas do que os dele, privem com pessoas acima da média social-económica-cultural da dele, vistam melhor que ele, sejam mais cultas que ele, e não precisem dele para mais nada que não seja partilhar a vida? Pelo mero prazer de ter uma companhia, um aconchego, um apego. As mulheres independentes, sexualmente “resolvidas”, charmosas, reclamam de um mal comum: a falta de homens “interessantes” e a falta de homens que se interessem por elas. Problema nosso! Um dia destes, talvez até as mulheres independentes deixem de ser "um" tipo de mulheres, e, muito menos, "O" Tipo. Deixámos, a páginas tantas, de ser interessantes para eles, por razões discutíveis, a mais provável é a de que os homens enfrentem, hoje, problemas com a sua fraca “narrativa do eu”, como afirma Anthony Giddens.
Não vou ler "Por que os Homens Amam as Mulheres Poderosas?", de Sherry Argov. Até porque discordo da autora. Fico-me por um livro bem mais light "Os Homens são como o Chocolate", de Tina Grube. Pelo menos, este último parte do princípio que as mulheres independentes também têm um certo romantismo! Pelo sim, pelo não, vou ouvindo Patty Loveless & Vince Gill (My Kind Of Woman - My Kind Of Man.