Os vampiros voltaram à moda com o par romântico do lindíssimo ‘Crepúsculo'.
Albert Bernstein, no livro ‘Emotional Vampires: Dealing with People Who Drain You', fala de um ‘vampiro emocional' como alguém imaturo e narcísico que nos suga a energia vital e nos retira a autoestima. Uma mãe que não pára de falar? Alguém que se lamúria de ter uma ligação infeliz mas que nunca pensou em abrir mão de uma ligação "conveniente"? Alguém que nos cobra incessantemente? Um "amigo" que nos arrasa com comentários negativos? Quem nunca encontrou um vampiro, que atire o primeiro alho...
"Um vampiro, por definição, é alguém que suga sangue, e o sangue em tradições exotéricas é símbolo de energia", explica o psicólogo Vítor Rodrigues. "Se pensarmos nisto pelo lado psicológico, há várias razões para sentir que estamos a ser sugados. Por exemplo, pode haver uma pessoa que me faz sentir drenado por razões de que nem eu nem ela estamos conscientes. Ela pode-me despertar medos, memórias, recalcamentos, que me fazem sentir mal, sem que nem eu nem ela tenhamos culpa."
Depois, há aquelas pessoas de que o Bernstein fala, que capitalizam conscientemente em fazer-nos sentir mal para se sentirem bem. "São ofensores profissionais. Sentem prazer em diminuir os outros, em explorar medos e fraquezas, sentem-se fortes quando fazem sentir fracos os outros." Tal como os vampiros, dependem de ‘sangue' alheio. São personalidades narcísicas que ferram os caninos no nosso ego e não largam. E então como é que nos defendemos? "Teoricamente, o que trama um vampiro é o sol, a claridade, o pôr a nu. Ora simbolicamente, o que é que também trama um vampiro emocional? Pôr a claro o que ele está a fazer de maneira mais ou menos obscura. Por exemplo, se alguém me diz: ‘Neste aspecto profissional, não és lá muito competente, meteste água no mês passado', eu respondo-lhe simplesmente, ‘E tu pareces ter um interesse especial em fazeres-me notar isso'. Ou seja, aquilo que era uma manobra implícita é transformado numa jogada às claras que normalmente desarma o agressor."
Mas existem outros tipos de vampiros: o chantagista, que nos faz sentir culpadas acusando-nos do mal que lhes fizemos. Ou o ‘sofredor', que monopoliza a nossa atenção e nos obriga a ouvi-lo. Não quer soluções, quer é queixar-se. Use-se o remédio clássico e viremos-lhes o espelho, mostremo-lhes a luz. Mas como mostrar a luz quando elas não páram de falar o tempo suficiente para ver a luz? "Há uma estratégia eficaz nas vendas por telefone, que é o disco rachado", lembra Vítor Rodrigues. "Quando eles querem vender as vantagens maravilhosas de um produto, a gente repete 50 vezes: ‘Não estou interessado', sem gastar qualquer energia psíquica." O quê, vou dizer que não estou interessada a uma amiga que me telefona? "Às vezes, essas pessoas não são assim tão nossas amigas. São narcísicas que precisam de atenção e estão a explorar-nos, não estão nada interessadas em ouvir-nos a nós." Mas há uma solução não-agressiva: "Podemos dizer, ‘Ouve lá, estamos aqui com queixas e queixas, afinal onde é que vamos chegar com isto, o que é que tu queres de mim?' Claro que é preciso ter a coragem de fazer isto. Mas temos de treinar a autoafirmação, respeitar as outras pessoas mas ter também respeito por nós. Devemos exigir o direito aos nossos sentimentos e preferências, ao nosso gosto e desgosto."
Também há as ‘vampiras' que fazem sacrifícios que os outros não pediram e depois se sentem no direito de exigir retorno. Aí, porque não ser absolutamente claro? Se me estás a cobrar o que te dei, não é uma amizade mas sim um negócio. Então tratemos isto como um negócio: o que é que tens para a troca?' As vítimas podem sentir-se orgulhosas de serem vítimas... Dizem, ‘ah, como aquele(a) gajo(a) é tão chato(a)', apenas porque essa é a única maneira de se sentirem úteis e especiais. "Claro. É como aquelas pessoas que têm orgulho em serem más porque é a única coisa em que são boas...."
Quem ataca os vampiros? Onde há um vampiro há um pescoço. Os ‘pescoços' típicos são as pessoas que caem na tentação de dar conversa e colo a quem não os merece, dedicando-lhes tenpo e energia, julgando que assim são os pais e as mães do mundo. Mas essa "falsa" importância transforma-se num jogo de algemas. Quando em troca dessa ajuda recebe uma sentença de prisão "solitária", sem previsão de tempo. Porque o que um vampiro quer não é ajuda é ... um pescoço. Claro que há pessoas mais atreitas a serem vítimas. Que se põem a jeito. São autênticos "pescoços profissionais". Alguém que, sistematicamente, exige atenção. Com a maior inconveniência e impertinência. Se não é capaz de o qualificar como inimigo, deve bastar-lhe saber que não pode ser seu amigo. E se todos, de quando em vez, temos umas "sugadelas tipo melga", só alguns têm talento para sacar uns bons litros do nosso precioso sangue e fazer dessa arte uma forma de vida. Todos podemos ser conjunturalmente vampiros, poucos os somos estruturalmente. "Ou seja, é um pouco como lidar com uma criança birrenta: se alimentamos a birra, estamos a ensinar que fazer birras resulta, e não estamos a ensiná-la a crescer. "Idealmente, ignoramo-la quando faz uma birra, e damos-lhe atenção quando se comporta de forma mais madura. Com os adultos, isto também é válido. Quando a pessoa está a ser muito chata, podemos dizer: ‘Olha, vou à minha vida', ou, se tiver de ser, ‘Desculpa lá mas o que estás a dizer não me interessa nada'."
Ocorre que é para muitos um problema dizer tal coisa, com este acento tónico do "estou-me nas tintas". Porque "Crescemos numa sociedade onde a hipocrisia abunda. Não somos treinados nem para sermos sinceros nem para aceitarmos a sinceridade dos outros. Não conseguimos assumir aquilo que queremos e que pensamos. Mas aprender a fazer isso, de preferência da maneira o menos ofensiva possível, é uma arte importantíssima de afirmação pessoal." E até porque apenas ficaremos a ser mais respeitados se dissermos o que nos vai na alma e abandonemos a postura de "dar a outra face". Nem sempre dá jeito dizer as verdades e poucas vezes dá jeito ouvi-las. Mas só quem é capaz de dizer umas verdades quando estamos "a pedi-las" é que é um amigo a sério.
Não duvido que há vampiros "a sério", peritoss em (nos) sugar energia. "Há investigações sérias que mostram que, até certo ponto, um ser humano pode influenciar sistemas físicos intencionalmente." E se é possível um ser humano influenciar outro ser humano, também será possível retirar energia intencionalmente. "Na China, há muito que trabalham com a energia na acupunctura, no tai-chi, no chi-kung, no reiki, onde se fala de formas de energia vital intencionalmente manipuladas, dispersas, enviadas, e no entanto a ciência ocidental tem pouca evidência de que existam sequer. Segundo algumas tradições, as sugadoras de energia são pessoas altamente desvitalizadas. Por exemplo, a tradição chinesa diz que era mau pessoas idosas deitarem-se perto de crianças porque, querendo ou não, podiam sugar-lhes a energia vital."
A vida leva-nos a concluir que há interacções estranhas não explicáveis cientificamente. Mas dispensamos qualquer explicação rebuscada ou paranormal porque todos já partilhámos e sentimos a violência da imposição de algum(uns) momento(os) de vida com pessoas que possuem o especial dom de nos fazer sentir mal.
Acredito que hoje existem mais vampiros porque vivemos numa sociedade de surdos-mudos e de aparências. Ter e não ser. Todos gostamos que nos valorizem, que nos concedam atenção, que nos elevem a auto-estima. Mas porque o merecemos, não à custa dos momentos e dos espaços que furtamos subrepticiamente aos outros. Uma coisa é ter tempo de antena com naturalidade - porque sou interessante, e interessado, porque partilho, porque gosto de mim, porque gosto dos outros - outra coisa é ter de recorrer a meios artificais de manipulação e usar a pressão para obter atenção à força e pela força. Há quem funcione na base da manipulação, não porque isso torne alguém feliz mas porque assim têm, pelo menos, a certeza de que os outros não serão felizes. Manipulação é atenção. "Uma parte dos nossos problemas vem de mecanismos que eram razoavelmente eficazes na infância mas que agora não funcionam, só que a criança dentro de nós continua a usá-los", explica Vítor Rodrigues. "E isso transforma-se numa pescada de rabo na boca: a pessoa não percebe que aquele mecanismo que usa face à carência o afasta ainda mais dos outros."
O pior é que vivemos num tempo em que nada nos ajuda a ‘desvampirizarmo-nos', numa cultura que promove a neurose. A pergunta é: como ser feliz? Procurando a nossa realização como pessoas, de forma mais completa possível (física, emocional, intelectual, espiritual). Mas o consumismo mais depressa nos leva a que nos questionemos sobre o carro adequado, o emprego rentável, do que como e o que hei-de fazer para me conhecer melhor. Ouvirmo-nos. "Ouve-te a ti próprio, corre atrás das cenouras que te põem à frente. E nem nos dão oportunidade de perceber se o que queremos são cenouras ou se afinal até gostamos mais de couves..."
Os 10 Vampiros mais Comuns são enumerados por Albert Bernstein (aposto que se lembra de mais). O Cobrador - o que cobra tudo, de todos - , o Crítico - o que se diverte a deitar-nos abaixo- , o Adulador - o que seduz pelo elogio, até .... - o Reclamador,o que protesta de tudo e de todos sem parar - , o Inquiridor - o que vive de perguntas -, o Sofredor - o que chora a sua desgraça esquecendo que a faz sobre as desgraças que provocou aos outros - , o Peganhento/Lapa - o que se cola a nós - , oPalrador/Grilo-Falante - o que fala intermitentemente - , o Hipocondríaco, o que sofre de todas as maleitas conhecidas e mais de umas quantas de que nunca ouvimos falar (o que está "nas últimas) - , e o Agressivo, o que declara guerra por causa de tudo e ao mundo em geral - . Em comum: todos são produtos altamente tóxicos: há que aprender a topá-los e a defendermo-nos.
Sugerem-se 10 Maneiras de se Defender.
Antes que alguém vá em demanda da sua jugular: - Seja observador. Aprenda a farejar os sinais de um vampiro emocional e não deixe que entre na sua vida. - Se se sentir inexplicavelmente satisfeito por ser tão útil a uma pessoa na qual mais ninguém gasta um minuto, pergunte-se se nessa relação não haverá falta de reciprocidade: está a ser sugad sem que lhe dêm algo em troca? - Tire-lhe a máscara ao vampiro: confie nas suas opiniões (tenha opiniões, por favor) e confronte-o com o que pensa, primeiro com assertividade, depois, se for mesmo necessário - que se lixe! - toque a agressividade. - A maioria dos vampiros emocionais tem dificuldade em mudar. Se alguém que sistematicamente lhe suga a alma não sai da sua vida - porque não! e pronto! - ponha-o realmente furioso e mande-o "às urtigas" definitivamente.
"Um vampiro, por definição, é alguém que suga sangue, e o sangue em tradições exotéricas é símbolo de energia", explica o psicólogo Vítor Rodrigues. "Se pensarmos nisto pelo lado psicológico, há várias razões para sentir que estamos a ser sugados. Por exemplo, pode haver uma pessoa que me faz sentir drenado por razões de que nem eu nem ela estamos conscientes. Ela pode-me despertar medos, memórias, recalcamentos, que me fazem sentir mal, sem que nem eu nem ela tenhamos culpa."
Depois, há aquelas pessoas de que o Bernstein fala, que capitalizam conscientemente em fazer-nos sentir mal para se sentirem bem. "São ofensores profissionais. Sentem prazer em diminuir os outros, em explorar medos e fraquezas, sentem-se fortes quando fazem sentir fracos os outros." Tal como os vampiros, dependem de ‘sangue' alheio. São personalidades narcísicas que ferram os caninos no nosso ego e não largam. E então como é que nos defendemos? "Teoricamente, o que trama um vampiro é o sol, a claridade, o pôr a nu. Ora simbolicamente, o que é que também trama um vampiro emocional? Pôr a claro o que ele está a fazer de maneira mais ou menos obscura. Por exemplo, se alguém me diz: ‘Neste aspecto profissional, não és lá muito competente, meteste água no mês passado', eu respondo-lhe simplesmente, ‘E tu pareces ter um interesse especial em fazeres-me notar isso'. Ou seja, aquilo que era uma manobra implícita é transformado numa jogada às claras que normalmente desarma o agressor."
Mas existem outros tipos de vampiros: o chantagista, que nos faz sentir culpadas acusando-nos do mal que lhes fizemos. Ou o ‘sofredor', que monopoliza a nossa atenção e nos obriga a ouvi-lo. Não quer soluções, quer é queixar-se. Use-se o remédio clássico e viremos-lhes o espelho, mostremo-lhes a luz. Mas como mostrar a luz quando elas não páram de falar o tempo suficiente para ver a luz? "Há uma estratégia eficaz nas vendas por telefone, que é o disco rachado", lembra Vítor Rodrigues. "Quando eles querem vender as vantagens maravilhosas de um produto, a gente repete 50 vezes: ‘Não estou interessado', sem gastar qualquer energia psíquica." O quê, vou dizer que não estou interessada a uma amiga que me telefona? "Às vezes, essas pessoas não são assim tão nossas amigas. São narcísicas que precisam de atenção e estão a explorar-nos, não estão nada interessadas em ouvir-nos a nós." Mas há uma solução não-agressiva: "Podemos dizer, ‘Ouve lá, estamos aqui com queixas e queixas, afinal onde é que vamos chegar com isto, o que é que tu queres de mim?' Claro que é preciso ter a coragem de fazer isto. Mas temos de treinar a autoafirmação, respeitar as outras pessoas mas ter também respeito por nós. Devemos exigir o direito aos nossos sentimentos e preferências, ao nosso gosto e desgosto."
Também há as ‘vampiras' que fazem sacrifícios que os outros não pediram e depois se sentem no direito de exigir retorno. Aí, porque não ser absolutamente claro? Se me estás a cobrar o que te dei, não é uma amizade mas sim um negócio. Então tratemos isto como um negócio: o que é que tens para a troca?' As vítimas podem sentir-se orgulhosas de serem vítimas... Dizem, ‘ah, como aquele(a) gajo(a) é tão chato(a)', apenas porque essa é a única maneira de se sentirem úteis e especiais. "Claro. É como aquelas pessoas que têm orgulho em serem más porque é a única coisa em que são boas...."
Quem ataca os vampiros? Onde há um vampiro há um pescoço. Os ‘pescoços' típicos são as pessoas que caem na tentação de dar conversa e colo a quem não os merece, dedicando-lhes tenpo e energia, julgando que assim são os pais e as mães do mundo. Mas essa "falsa" importância transforma-se num jogo de algemas. Quando em troca dessa ajuda recebe uma sentença de prisão "solitária", sem previsão de tempo. Porque o que um vampiro quer não é ajuda é ... um pescoço. Claro que há pessoas mais atreitas a serem vítimas. Que se põem a jeito. São autênticos "pescoços profissionais". Alguém que, sistematicamente, exige atenção. Com a maior inconveniência e impertinência. Se não é capaz de o qualificar como inimigo, deve bastar-lhe saber que não pode ser seu amigo. E se todos, de quando em vez, temos umas "sugadelas tipo melga", só alguns têm talento para sacar uns bons litros do nosso precioso sangue e fazer dessa arte uma forma de vida. Todos podemos ser conjunturalmente vampiros, poucos os somos estruturalmente. "Ou seja, é um pouco como lidar com uma criança birrenta: se alimentamos a birra, estamos a ensinar que fazer birras resulta, e não estamos a ensiná-la a crescer. "Idealmente, ignoramo-la quando faz uma birra, e damos-lhe atenção quando se comporta de forma mais madura. Com os adultos, isto também é válido. Quando a pessoa está a ser muito chata, podemos dizer: ‘Olha, vou à minha vida', ou, se tiver de ser, ‘Desculpa lá mas o que estás a dizer não me interessa nada'."
Ocorre que é para muitos um problema dizer tal coisa, com este acento tónico do "estou-me nas tintas". Porque "Crescemos numa sociedade onde a hipocrisia abunda. Não somos treinados nem para sermos sinceros nem para aceitarmos a sinceridade dos outros. Não conseguimos assumir aquilo que queremos e que pensamos. Mas aprender a fazer isso, de preferência da maneira o menos ofensiva possível, é uma arte importantíssima de afirmação pessoal." E até porque apenas ficaremos a ser mais respeitados se dissermos o que nos vai na alma e abandonemos a postura de "dar a outra face". Nem sempre dá jeito dizer as verdades e poucas vezes dá jeito ouvi-las. Mas só quem é capaz de dizer umas verdades quando estamos "a pedi-las" é que é um amigo a sério.
Não duvido que há vampiros "a sério", peritoss em (nos) sugar energia. "Há investigações sérias que mostram que, até certo ponto, um ser humano pode influenciar sistemas físicos intencionalmente." E se é possível um ser humano influenciar outro ser humano, também será possível retirar energia intencionalmente. "Na China, há muito que trabalham com a energia na acupunctura, no tai-chi, no chi-kung, no reiki, onde se fala de formas de energia vital intencionalmente manipuladas, dispersas, enviadas, e no entanto a ciência ocidental tem pouca evidência de que existam sequer. Segundo algumas tradições, as sugadoras de energia são pessoas altamente desvitalizadas. Por exemplo, a tradição chinesa diz que era mau pessoas idosas deitarem-se perto de crianças porque, querendo ou não, podiam sugar-lhes a energia vital."
A vida leva-nos a concluir que há interacções estranhas não explicáveis cientificamente. Mas dispensamos qualquer explicação rebuscada ou paranormal porque todos já partilhámos e sentimos a violência da imposição de algum(uns) momento(os) de vida com pessoas que possuem o especial dom de nos fazer sentir mal.
Acredito que hoje existem mais vampiros porque vivemos numa sociedade de surdos-mudos e de aparências. Ter e não ser. Todos gostamos que nos valorizem, que nos concedam atenção, que nos elevem a auto-estima. Mas porque o merecemos, não à custa dos momentos e dos espaços que furtamos subrepticiamente aos outros. Uma coisa é ter tempo de antena com naturalidade - porque sou interessante, e interessado, porque partilho, porque gosto de mim, porque gosto dos outros - outra coisa é ter de recorrer a meios artificais de manipulação e usar a pressão para obter atenção à força e pela força. Há quem funcione na base da manipulação, não porque isso torne alguém feliz mas porque assim têm, pelo menos, a certeza de que os outros não serão felizes. Manipulação é atenção. "Uma parte dos nossos problemas vem de mecanismos que eram razoavelmente eficazes na infância mas que agora não funcionam, só que a criança dentro de nós continua a usá-los", explica Vítor Rodrigues. "E isso transforma-se numa pescada de rabo na boca: a pessoa não percebe que aquele mecanismo que usa face à carência o afasta ainda mais dos outros."
O pior é que vivemos num tempo em que nada nos ajuda a ‘desvampirizarmo-nos', numa cultura que promove a neurose. A pergunta é: como ser feliz? Procurando a nossa realização como pessoas, de forma mais completa possível (física, emocional, intelectual, espiritual). Mas o consumismo mais depressa nos leva a que nos questionemos sobre o carro adequado, o emprego rentável, do que como e o que hei-de fazer para me conhecer melhor. Ouvirmo-nos. "Ouve-te a ti próprio, corre atrás das cenouras que te põem à frente. E nem nos dão oportunidade de perceber se o que queremos são cenouras ou se afinal até gostamos mais de couves..."
Os 10 Vampiros mais Comuns são enumerados por Albert Bernstein (aposto que se lembra de mais). O Cobrador - o que cobra tudo, de todos - , o Crítico - o que se diverte a deitar-nos abaixo- , o Adulador - o que seduz pelo elogio, até .... - o Reclamador,o que protesta de tudo e de todos sem parar - , o Inquiridor - o que vive de perguntas -, o Sofredor - o que chora a sua desgraça esquecendo que a faz sobre as desgraças que provocou aos outros - , o Peganhento/Lapa - o que se cola a nós - , oPalrador/Grilo-Falante - o que fala intermitentemente - , o Hipocondríaco, o que sofre de todas as maleitas conhecidas e mais de umas quantas de que nunca ouvimos falar (o que está "nas últimas) - , e o Agressivo, o que declara guerra por causa de tudo e ao mundo em geral - . Em comum: todos são produtos altamente tóxicos: há que aprender a topá-los e a defendermo-nos.
Sugerem-se 10 Maneiras de se Defender.
Antes que alguém vá em demanda da sua jugular: - Seja observador. Aprenda a farejar os sinais de um vampiro emocional e não deixe que entre na sua vida. - Se se sentir inexplicavelmente satisfeito por ser tão útil a uma pessoa na qual mais ninguém gasta um minuto, pergunte-se se nessa relação não haverá falta de reciprocidade: está a ser sugad sem que lhe dêm algo em troca? - Tire-lhe a máscara ao vampiro: confie nas suas opiniões (tenha opiniões, por favor) e confronte-o com o que pensa, primeiro com assertividade, depois, se for mesmo necessário - que se lixe! - toque a agressividade. - A maioria dos vampiros emocionais tem dificuldade em mudar. Se alguém que sistematicamente lhe suga a alma não sai da sua vida - porque não! e pronto! - ponha-o realmente furioso e mande-o "às urtigas" definitivamente.
Não se porte como Lua, revele-se como um Sol. E, pelo sim pelo não, uma cruz no quarto e um pote de alhos na cozinha. Crendices nunca fizeram mal (como caldos de galinha também não). Golas altas, echarpes, camisas de colarinho levantado, idem. Até porque, pelo menos para quem é cristão, Cristo sofreu por todos nós! E nós, porque não somos santos nem estúpidos, também não devemos dar o nosso sangue a ninguém. Carmim ou púrpura que seja um bom copo de tinto maduro, não o nosso sangue, caraças!