Aqui deixo um apelo à humildade com um soneto de Gregório de Matos. “Da quarta-feira de cinzas” Que és terra Homem, e em terra hás de tornar-te, Te lembra hoje Deus por sua Igreja, De pó te faz espelho, em que se veja A vil matéria, de que quis formar-te. Lembra-te Deus, que és pó para humilhar-te, E como o teu baixel sempre fraqueja Nos mares da vaidade, onde peleja,
Te põe à vista a terra, onde salvar-te. Alerta, alerta pois, que o vento berra, E se assopra a vaidade, e incha o pano, Na proa a terra tens, amaina, e ferra. Todo o lenho mortal, baixel humano Se busca a salvação, tome hoje terra, Que a terra de hoje é porto soberano. "
Ou seja, VANITAS VANITATUM ET OMNIA VANITAS- Lembrando Eclesiastes 1:2 – “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. “Assim como saiu nu do ventre da mãe, do mesmo modo sairá desta vida, sem levar consigo nada do que adquiriu” (Ecc. 5:15), ou “onde estão agora as insígnias do consulado? Onde estão os aplausos, os coros, os banquetes, os festins? Todas estas coisas passaram, foram noite e sonho” (Ecc. 10:17).