O Albergue Espanhol lembra que, depois de alguém usar o nome de Pedro Picoito, agora, este mostra-se "estupefacto e indignado", a escrever que «O incómodo aumenta quando se descobre que há ali» (na campanha de Paulo Rangel/PSD) «o dedo de António Preto». Ao contrário do que diz PR, o Expresso afirma que a sua candidatura pagou a actores para apelar ao voto dos militantes social-democratas por telefone. Porque é que isto haveria de ser relevante? Desde quando apelos telefónicos ou "fingir convicções por dinheiro" é marketing político inaceitável? Não se lembram de António Preto? Aquele senhor que foi "salvo" por um erro de uma vírgula (na morada da empresa dos 2 co-arguidos de AP, no 'caso da mala', em vez de "Rua do Castanheiro nºs 1 a 3, 8 - Funchal", os serviços da DGCI escreveram "Rua do Castanheiro nºs 1 a 38", e as cartas registadas com aviso de recepção não foram entregues. "O sr. carteiro pode ter tentado a entrega do nº4 ao 38", disse Rui Teixeira, o advogado que assinou a acção de oposição à execução fiscal no Funchal, pedindo a sua extinção total). Admito que a vírgula fosse um acidente. Que AP está inocente. Que as escutas telefónicas mentem. Que o dinheiro da "mala" não era para pagar quotas dos militantes. Que os construtores civis lhe tenham dado o dinheiro cash por não terem cheques. Que o contrato de prestação de serviços de advocacia que aquele dinheiro pagava seja posterior aos factos por esquecimento. Mas também tenho de admitir que um deputado, no exacto dia em que se devia apresentar à PJ para um teste de caligrafia, "visite" um cunhado - por coincidênciam, médico em Santa Marta, no serviço de cirurgia vascular (!), e que este lhe tenha, por "urgência", engessado O braço?! O PSD admite. A Ordem dos Médicos diz que foi “má prática clínica”. Mas que Rangel desconhecia que a "mãozinha" de AP mexeu na sua campanha, até admito. Apesar de AP ter aquele especial toque de Midas ao contrário: destruir tudo em que toca, o que explicará a derrota de Rangel. Talvez este pensasse que aquelas preciosas mãozinhas, como o braço, estavam, ainda, engessadas. Por isso é que Passos Coelho deve pensar duas vezes antes de convidar PR para qualquer lugar ou função. Porque Rangel confia nas mesmas pessoas que MFL. E porque Rangel revelou uma tendência para engessar, às vezes, ... a palavra. Que o diga Aguiar-Branco! Que Rangel não chegou a engessar, limitou-se a empadeirá-lo!