sábado, 15 de maio de 2010

Política: Da Revolução Francesa à (verdadeira) Revolução Feminina!



A Revolução Francesa deixou-nos registos e marcas. O movimento contemporâneo feminino está longe do fim. A procura de um caminho de avanços consiste num longo processo evolutivo de expressão das mulheres no mundo moderno. Os dois períodos apresentam uma semelhança essencial: os ideais de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. As conquistas do “sexo frágil” foram lentas. No âmbito da política, o triunfo aconteceu de forma ainda mais gradual. Apenas em 1893, na Nova Zelândia, as mulheres tiveram pela primeira vez o direito ao voto. No Brasil, isso só ocorreu em 1932, através do novo Código Eleitoral promulgado por Getúlio Vargas.
Atualmente, as mulheres são destaque nos governos internacionais. Segundo a socióloga Aurea Petersen, “a política sempre se constituiu em um espaço masculino”. Entretanto, podem-se destacar precursoras relevantes como Indira Gandhi, considerada a principal liderança feminina do Terceiro Mundo, no século XX. Ela ocupou o cargo de primeira-ministra da Índia de 1966 a 1977 e de 1980 a 1984, quando foi assassinada.
Exemplos de governantes de sucesso não faltam. Áurea cita Tarja Kaarina Halonen (presidente da Finlândia) e Mary McAleese (representante da Irlanda), entre outras. Nos últimos tempos, diversos veículos de comunicação publicaram fotos da chanceler da Alemanha, Angela Merkel. A peculiaridade das imagens estava no decote ousado da representante alemã. Além do fato, teve repercussão também, há tempos, o leilão do retrato de Carla Bruni nua. A cantora é casada com Nicolas Sarkozy, presidente da França. Ambas situações foram exploradas por diversas mídias. O jornalista Fábian Chelkanoff declara que essas informações não são relevantes. “As pessoas devem ser notícia pelo que elas fazem”, afirma o professor de Jornalismo Internacional da PUCRS. Ele considera ainda que as mulheres na política internacional chamam tanta atenção por uma questão histórica. “Nunca houve um número tão grande de mulheres no comando de países”. A socióloga Aurea Petersen expressa uma opinião idêntica: o comportamento dos veículos de comunicação é totalmente desrespeitoso com as mulheres. “Não é relevante mostrar isso. Porém, em pleno século XXI e apesar dos desbravamentos feitos por algumas mulheres, ainda vivemos em um mundo extremamente machista em que qualquer alusão ao corpo feminino vende jornal ou revista”.