sexta-feira, 14 de maio de 2010

FAMALICÃO: Uma Republica musicada



Depois da Exposição: República e Ensino, no Palácio Valadares, de Março a Outubro de 2010. A Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República promoveu nos dias 23 e 24 de Abril, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa o colóquio «República e Ensino». Famalicão soma e segue. O município de Famalicão está na 4ª posição, entre os 10 municípios de grande dimensão do país, no que diz respeito a eficiência financeira da Câmara Municipal. A construção de uma escola de música é um dos grandes projectos culturais e educativos. Entretanto, inspirado no famalicense Bernardino Machado, eleito por duas vezes Presidente do país, o município já está a comemorar o Centenário da I República.
A Câmara de Famalicão e o Museu Bernardino Machado vão criar, no próximo ano, uma biblioteca e uma hemeroteca exclusivamente dedicadas à I República portuguesa. Esta é uma de várias iniciativas inseridas no vasto programa das comemorações do Centenário da I República, que decorre de Janeiro de 2009 até finais de 2010.
Comemorar o Centenário da I República é um imperativo cultural e histórico do município de Famalicão, que deu ao país um Presidente da República que serviu Portugal em dois momentos distintos, na primeira metade do século XX. O seu museu integra a Rede Portuguesa de Museus, do Ministério da Cultura.
Um ciclo de conferências sobre “As Grandes Questões da I República” decorre no Museu Bernardino Machado desde o início de 2009, com sessões bimensais, em que académicos e investigadores de universidades portuguesas falam sobre os principais temas políticos e sociais do primeiro quartel do século XX português. Exposições evocativas da I República, bem como a edição de publicações, enriquecem um programa assente em critérios científicos e pensado, também, para um público heterogéneo. Exemplos dessa abrangência são iniciativas como um concurso nacional de caricatura sobre Bernardino Machado e uma série de actividades junto do público escolar. O Museu Bernardino Machado vai disponibilizar uma hemeroteca e uma biblioteca especializada para servir investigadores que se debrucem sobre a I República. “A ideia é disponibilizar o fundo bibliográfico num espaço próprio no ano em que se assinalam os 100 anos da implantação da República”, explicou Norberto Cunha, professor universitário e director do museu. Deste modo, o museu famalicense torna-se numa referência ainda maior como centro de investigação incontornável da I República, tendo sido recentemente elogiado pelo historiador Fernando Rosas: “Não podemos estudar a história da I República e dos primeiros tempos do Estado Novo sem passar pelo Museu Bernardino Machado, em Famalicão”.
As comemorações estendem-se até finais de 2010, encerrando com um congresso dedicado à “I República nos Municípios de Portugal”, no qual participarão historiadores e investigadores que se debruçaram sobre a implantação da República em vários municípios do país. De acordo com Armindo Costa, estas comemorações constituem “um excelente exemplo que Famalicão dá ao país”, do papel que deve caber a uma uma instituição cultural como o Museu Bernardino Machado.
O conservatório da Associação de Promoção das Artes e Música do Vale do Ave (ARTEMAVE) e da Escola Profissional e Artística do Vale do Ave acolher cerca de 1300 alunos. Estamos perante um projecto que significa um novo paradigma no ensino da música e no desenvolvimento das actividades da ARTEMAVE e da ARTAVE. O projecto de educação musical é de grande sucesso e tem formado músicos de renome, que estão a fazer carreira em orquestras no país e no estrangeiro. As novas instalações – que deverão custar cerca de € 2,5 milhões – vão potenciar um trabalho com duas décadas, que tem honrado a educação musical e a cultura portuguesa. A ARTAVE constitui um dos maiores projectos de ensino da música em Portugal e vai ficar instalada em Vila Nova de Famalicão. (Ah! Que saudades do almocinho com o Pedro Cruz Silva, neto e filho daquelas gestes, com umas tripas à moda do Porto de enfeitiçar o ser mais impenetrante!) uma nova escola de música, cuja obra está em fase de arranque, em terrenos cedidos pela Câmara Municipal, numa área superior a 3000 m2, próxima da variante nascente e do futuro Parque da Cidade. “Estamos perante um enorme investimento na educação e na cultura para os jovens”. O arquitecto Francisco Perry Azevedo desenhou a nova escola, e de Alexandre Reis. Depois de 20 anos em que os alunos aprenderam música em instalações precárias, estão agora reunidas as condições para a construção de uma grande escola de música para o Norte do país, com uma capacidade de 50 a 60 salas de estudo, dois auditórios (com 100 e 200 lugares cada), ocupando uma área de construção de 5000 m. O novo edifício permitirá o ensino do ballet, uma velha aspiração dos promotores do projecto ARTAVE.
José Henrique Martins dá nome ao “Dom Henrique”, um dos mais tradicionais restaurantes de Joane, vila do concelho de Famalicão. O espaço é, nas palavras do proprietário, um “negócio de família” que se enfoqua na criação de iguarias inimitáveis: o cabrito, o Bacalhau à Lagareiro e à João do Grão, o Pudim de Abade de Priscos e o pão-de-ló húmido. O estabelecimento prima pela fidelização e o ambiente familiar, uma vez que mais de 80% dos clientes frequentam o espaço há muitos anos. O restaurante vai estar aberto de 2ª a sábado e tem capacidade para 200 pessoas.