Mais uma boa notícia para quem apoia e defende o poder no feminino. Na Costa Rica.
O candidato do Partido Acção Cidadã (PAC), Ottón Solís, saíu a público a reconhecer a sua derrota e felicitar Laura Chinchilla pela sua vitória nas eleições presidenciais realizadas no domingo. Chinchilla é a primeira mulher a ser eleita presidente na história do país.
Segundo números oficiais, 71,1% das mesas de votação apuradas, Laura, do Partido Libertação Nacional (PLN), obtém 46,8% dos votos, Ottón Solís, do PAC 25% e Otto Guevara, do Movimento Libertário 21%.
Quando a Corte Suprema de Eleições (TSE) anunciou os resultados de 25% das urnas, que colocavam Laura à frente com 47,3% dos votos, Solís admitiu a derrota perante o público que o aguardava, concentrados na sede do PAC (de resto, não é a primeira da sua carreira, mas a terceira).
Ostentando bandeiras verdes e brancas, aos gritos "Laura, Laura!", os seguidores concentraram-se em várias áreas da capital, com centenas de veículos a orquestrar o som das buzinas, e na sede da campanha, onde improvisaram uma festa com direito a música e baile.
Laura Chinchilla, a primeira presidente na história da Costa Rica, prometeu entrar em diálogo com todos os sectores, melhorar a qualidade da saúde, da educação e da segurança.
"Estamos a fazer história", disse, fazendo um apelo a todos os sectores para dialogar com o objectivo de "tomar decisões, não para evitá-las ou adiá-las".
"Terei as portas abertas a todos os costarriquenhos de boa fé. Escutarei a voz de quem não esteve connosco nesta eleição e peço humildemente a sua ajuda. Ninguém tem o monopólio da verdade, a sensatez e a moral", expressou. Palavras que muito dificilmente sairiam da boca de um homem.
Laura tem 50 anos e expressou o seu agradecimento às "pioneiras que abriram o caminho da participação política da mulher na Costa Rica" e que "hoje tornam possível que uma mulher seja presidente da República", sobretudo às "pioneiras que abriram o caminho da participação política da mulher na Costa Rica".
Segundo números oficiais, 71,1% das mesas de votação apuradas, Laura, do Partido Libertação Nacional (PLN), obtém 46,8% dos votos, Ottón Solís, do PAC 25% e Otto Guevara, do Movimento Libertário 21%.
Quando a Corte Suprema de Eleições (TSE) anunciou os resultados de 25% das urnas, que colocavam Laura à frente com 47,3% dos votos, Solís admitiu a derrota perante o público que o aguardava, concentrados na sede do PAC (de resto, não é a primeira da sua carreira, mas a terceira).
Ostentando bandeiras verdes e brancas, aos gritos "Laura, Laura!", os seguidores concentraram-se em várias áreas da capital, com centenas de veículos a orquestrar o som das buzinas, e na sede da campanha, onde improvisaram uma festa com direito a música e baile.
Laura Chinchilla, a primeira presidente na história da Costa Rica, prometeu entrar em diálogo com todos os sectores, melhorar a qualidade da saúde, da educação e da segurança.
"Estamos a fazer história", disse, fazendo um apelo a todos os sectores para dialogar com o objectivo de "tomar decisões, não para evitá-las ou adiá-las".
"Terei as portas abertas a todos os costarriquenhos de boa fé. Escutarei a voz de quem não esteve connosco nesta eleição e peço humildemente a sua ajuda. Ninguém tem o monopólio da verdade, a sensatez e a moral", expressou. Palavras que muito dificilmente sairiam da boca de um homem.
Laura tem 50 anos e expressou o seu agradecimento às "pioneiras que abriram o caminho da participação política da mulher na Costa Rica" e que "hoje tornam possível que uma mulher seja presidente da República", sobretudo às "pioneiras que abriram o caminho da participação política da mulher na Costa Rica".
Entre os seus compromissos destaca-se o ênfase para a "segurança, segurança e segurança", um problema que foi já considerado o mais grave do país.
Também prometeu melhorar a qualidade da saúde e do meio ambiente, avançando que tem como intenção para transformar a Costa Rica em 2021 numa nação que compense a totalidade de suas emissões de carbono.
Prometeu ainda aumentar a qualidade da educação pública e continuar uma política de crescimento económico sustentado que transforme o país na primeira nação desenvolvida da América Latina.
Sobre Laura há ainda que dizer que, ao contrário das outras duas mulheres que chegaram ao poder na América Central (Violeta Chamorro, na Nicarágua, e Mireya Moscoso, no Panamá), não se apoiou no marido para conseguir a sua subida ao pódio político. Chamorro foi mulher de um jornalista assassinado pela ditadura de Anastasio Somoza e Moscoso e tornou-se sua herdeira política (o marido foi três vezes eleito presidente do Panamá e foi depois derrubado por Omar Torrijos), hoje é casada com o advogado espanhol José María Rico.
A politóloga estudou Ciência Política em San José e aprofundou os seus estudos em Segurança Pública na Universidade de Georgetown (EUA). Foi ministra desta pasta entre 1994 e 1996 e deputada entre 2002 e 2006. No segundo mandato de Óscar Arias assumiu a vice-presidência, cargo que só abandonou quando anunciou a candidatura à presidência, em Outubro de 2009, com o apoio do actual mandatário.
Apesar do seu percurso individual, os críticos, e quase que apostamos, designadamente, critícos no masculino referem-se-lhe como uma marioneta de Arias e do PLN, que governou o país durante 33 dos últimos 57 anos. Durante a campanha, Chinchilla procurou defender a sua independência, apesar de assumir que manterá o caminho político traçado por Arias.
Apesar do seu percurso individual, os críticos, e quase que apostamos, designadamente, critícos no masculino referem-se-lhe como uma marioneta de Arias e do PLN, que governou o país durante 33 dos últimos 57 anos. Durante a campanha, Chinchilla procurou defender a sua independência, apesar de assumir que manterá o caminho político traçado por Arias.
O facto de ser mulher não foi, propositadamente uma nota de realçe na sua campanha, porque estaria consciente que isso a fariz perder apoios significativos no eleitorado masculino.
Independentemente dos conselheiros que a tenham rodeado nesta estratégia, a táctica de se mostrar como político, abstraindo a sua qualidade de mulher, foi bem sucedida. E é louvável que o tenha sido, porque a sua experiência não pode deixar de ser vista como mais um marco territorial da luta feminina. Temos sérias dúvidas que em Portugal algo semelhante possa acontecer tão cedo. Muitas dúvidas, mesmo!