Interessante artigo do Expresso sobre o (fiasco) do Inquérito Sócrates/PT/TVI. Em suma, Passos Coelho aborrecidíssimo com a "pesada" herança (de Manuela Ferreira Leite, claro, quem de mais podia ser, quantos mais presentes envenenados, afinal, para ela, este era o homem que "era o que faltava" ser lider do PSD) de ter prometido "trabalhar" (e, por acaso, acreditamos, mesmo que desde há muito tal espírito de missão e de dever se não via pelo lado dos laranjas) e de não o poder fazer logo num inquérito em que todos têm os olhos e ouvidos postos certos que nada verão ou ouvirão. Vejamos. A última coisa que PPC quer é abrir guerra com Sócrates. Logo, assumiu a distância, certo, por ventura, conhecendo como conhece a sua brigada, que dali não viria mal ao mundo, esquecendo ... Pacheco Pereira. Mota Amaral, paladino da discrição, assegurava-lhe o tom light e soft. E veta o uso das escutas. Vai daí que PP é o único que é autorizado a aceder ás ditas. PPC vai seguro pensando não haver matéria para provas e que, por ali nem por aí, PP conseguiria fazer estragos. Sabendo que caindo notícias do index parlamentar sairiam com toda a probabilidade daquela atrevida criatura. Certo e sabido, Pacheco diz que Sócrates "mentiu". Raios, nem ao menos "faltou à verdade", "omitiu", "houve inveracidades", portuguesmente falando "MENTIU". Lá se foram por água abaixo a tentativa de não agressão de PPC. Lá foi explicando ao lider parlamentar que não impunha um voto que cada um era responsável. E sai o relatório do PSD com um suave "NIN", com Passos a dizer que Mota Amaral não permitiu fazer outro trabalho. Ferreira Leite estarreceu e emudeceu. Pelo menos, isto calou-a. Pode PPC ter ficado incomodado, por se constatar que as comissões de inquérito sortidas do seu partido dão sempre em coisa nenhuma, por Pacheco ter sido igual a si mesmo (apesar de ser um dos poucos ante-lúcidos que vale a pena ouvir no PSD), por Mota Amaral ditar voto de silêncio (inspirando-se na sua prática da Opus Dei), mas decerto descobrir como calar Manuela Ferreira Leite. Fazendo acabar em "nin" todas as conclusões dos incómodos processos que esta lhe tenha deixado. (Que de minas e armadilhas ainda haverá muitas outras, Pedro!) Responda sempre "nin" que o povo conta com isso!
sábado, 19 de junho de 2010
Um PSD em "desnorte e costas largas"
Interessante artigo do Expresso sobre o (fiasco) do Inquérito Sócrates/PT/TVI. Em suma, Passos Coelho aborrecidíssimo com a "pesada" herança (de Manuela Ferreira Leite, claro, quem de mais podia ser, quantos mais presentes envenenados, afinal, para ela, este era o homem que "era o que faltava" ser lider do PSD) de ter prometido "trabalhar" (e, por acaso, acreditamos, mesmo que desde há muito tal espírito de missão e de dever se não via pelo lado dos laranjas) e de não o poder fazer logo num inquérito em que todos têm os olhos e ouvidos postos certos que nada verão ou ouvirão. Vejamos. A última coisa que PPC quer é abrir guerra com Sócrates. Logo, assumiu a distância, certo, por ventura, conhecendo como conhece a sua brigada, que dali não viria mal ao mundo, esquecendo ... Pacheco Pereira. Mota Amaral, paladino da discrição, assegurava-lhe o tom light e soft. E veta o uso das escutas. Vai daí que PP é o único que é autorizado a aceder ás ditas. PPC vai seguro pensando não haver matéria para provas e que, por ali nem por aí, PP conseguiria fazer estragos. Sabendo que caindo notícias do index parlamentar sairiam com toda a probabilidade daquela atrevida criatura. Certo e sabido, Pacheco diz que Sócrates "mentiu". Raios, nem ao menos "faltou à verdade", "omitiu", "houve inveracidades", portuguesmente falando "MENTIU". Lá se foram por água abaixo a tentativa de não agressão de PPC. Lá foi explicando ao lider parlamentar que não impunha um voto que cada um era responsável. E sai o relatório do PSD com um suave "NIN", com Passos a dizer que Mota Amaral não permitiu fazer outro trabalho. Ferreira Leite estarreceu e emudeceu. Pelo menos, isto calou-a. Pode PPC ter ficado incomodado, por se constatar que as comissões de inquérito sortidas do seu partido dão sempre em coisa nenhuma, por Pacheco ter sido igual a si mesmo (apesar de ser um dos poucos ante-lúcidos que vale a pena ouvir no PSD), por Mota Amaral ditar voto de silêncio (inspirando-se na sua prática da Opus Dei), mas decerto descobrir como calar Manuela Ferreira Leite. Fazendo acabar em "nin" todas as conclusões dos incómodos processos que esta lhe tenha deixado. (Que de minas e armadilhas ainda haverá muitas outras, Pedro!) Responda sempre "nin" que o povo conta com isso!