Interessante artigo de Paulo Madeira no CM. O cardeal Crescenzio Sepe, arcebispo de Nápoles, é suspeito de corrupção agravada, num gigantesco esquema de favores envolvendo obras públicas, sobretudo contratos destinados a grandes eventos em Itália, como a cimeira do G8 realizada no ano passado em Áquila.
Investigado pelo Ministério Público de Perugia, o prelado, de 67 anos, é suspeito de ter embolsado 2,5 milhões de euros na venda, pela Congregação para a Evangelização dos Povos, a que presidia, de um palácio em Roma ao ex-ministro dos Transportes de Silvio Berlusconi, Pietro Lunardi, que ocupou o cargo entre 2001 e 2006. Lunardi também está a ser investigado.
O nome do cardeal Sepe emergiu depois de o responsável da Protecção Civil italiana, Guido Bertolaso, investigado por irrerularidades na adjudicação de numerosos contratos públicos, ter declarado em tribunal que um apartamento em pleno centro de Roma que ocupou nos últimos anos sem pagar um cêntimo lhe foi cedido pela referida Congregação, com a mediação de Sepe. O Ministério Público investiga se em troca houve algum favor. "Tenho confiança no Ministério Público. Vou depor. Não tenho medo", referiu ontem o cardeal durante a missa na catedral de Nápoles, pedindo aos fiéis para rezarem por ele.
Também Angelo Balducci, ex-presidente do Conselho de Obras Públicas, que o Vaticano distinguiu com um título honorífico por serviços prestados, está a ser investigado. No mega-esquema já havia sido apanhado o ex-ministro da Indústria Claudio Scajola, aliado de Berlusconi, que resignou em Maio após ser descoberta a compra ilegal de um imóvel.
O escândalo de corrupção rebentou em Fevereiro, após a detenção de quatro pessoas, incluindo Angelo Balducci, o ex-responsável governamental pela supervisão de obras públicas, e um consultor da congregação a que Crescenzio Sepe presidia.
APONTAMENTOS BREVES: O cardeal Sepe foi o prelado nomeado pelo Papa João Paulo II para organizar as festividades do Jubileu do ano 2000. O clérigo foi afastado em 2006 do cargo de prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos pelo actual Papa, Bento XVI. O antecessor do cardeal Sepe como arcebispo de Nápoles, Michelle Giordano, também foi investigado por corrupção, tendo sido absolvido em 2000.
Investigado pelo Ministério Público de Perugia, o prelado, de 67 anos, é suspeito de ter embolsado 2,5 milhões de euros na venda, pela Congregação para a Evangelização dos Povos, a que presidia, de um palácio em Roma ao ex-ministro dos Transportes de Silvio Berlusconi, Pietro Lunardi, que ocupou o cargo entre 2001 e 2006. Lunardi também está a ser investigado.
O nome do cardeal Sepe emergiu depois de o responsável da Protecção Civil italiana, Guido Bertolaso, investigado por irrerularidades na adjudicação de numerosos contratos públicos, ter declarado em tribunal que um apartamento em pleno centro de Roma que ocupou nos últimos anos sem pagar um cêntimo lhe foi cedido pela referida Congregação, com a mediação de Sepe. O Ministério Público investiga se em troca houve algum favor. "Tenho confiança no Ministério Público. Vou depor. Não tenho medo", referiu ontem o cardeal durante a missa na catedral de Nápoles, pedindo aos fiéis para rezarem por ele.
Também Angelo Balducci, ex-presidente do Conselho de Obras Públicas, que o Vaticano distinguiu com um título honorífico por serviços prestados, está a ser investigado. No mega-esquema já havia sido apanhado o ex-ministro da Indústria Claudio Scajola, aliado de Berlusconi, que resignou em Maio após ser descoberta a compra ilegal de um imóvel.
O escândalo de corrupção rebentou em Fevereiro, após a detenção de quatro pessoas, incluindo Angelo Balducci, o ex-responsável governamental pela supervisão de obras públicas, e um consultor da congregação a que Crescenzio Sepe presidia.
APONTAMENTOS BREVES: O cardeal Sepe foi o prelado nomeado pelo Papa João Paulo II para organizar as festividades do Jubileu do ano 2000. O clérigo foi afastado em 2006 do cargo de prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos pelo actual Papa, Bento XVI. O antecessor do cardeal Sepe como arcebispo de Nápoles, Michelle Giordano, também foi investigado por corrupção, tendo sido absolvido em 2000.