Estudo do Eurofound coloca Portugal muito abaixo da média europeia no que respeita à satisfação com a vida e confiança nos líderes e nas instituições.
A confiança dos portugueses nos políticos voltou a baixar em 2009 segundo um estudo de opinião da Eurofound, a agência da União Europeia para a melhoria das condições de vida e do trabalho. Esta sondagem, a única pan-europeia, apresentada ontem em Bruxelas, a que o Diário Económico teve acesso, coloca Portugal na cauda da lista entre os 27 países da UE e não só. Acentua a visão negativa nacional face aos países economicamente mais desenvolvidos no Centro e Norte da Europa. Atrás de Portugal no que toca à confiança no Parlamento, políticos e Governo estão a Polónia, Hungria, Letónia, Roménia, Eslovénia, Lituânia. Numa escala de um a dez, na confiança nos políticos, Portugal fica-se por 3,57, quando em 2007 estava nos 4,29. No que respeita à confiança no Governo, Portugal pontua 3,79, muito abaixo dos 4,28 de 2007.
As maiores quebras de confiança nos governos, parlamentos e relações inter-pessoais avaliadas entre 2007 e 2009 verificaram-se precisamente em Portugal e Espanha. O estudo, que envolveu mil entrevistas pessoais em cada país a pessoas maiores de 18 anos, conclui que a crise financeira está associada aos desvios negativos nas respostas sobre qualidade de vida e das sociedades. "Os portugueses tendem a ter uma percepção da satisfação abaixo da realidade e costumam estar entre os mais pessimistas", diz António Costa Pinto. Segundo o historiador e politólogo, a baixa confiança nos políticos e nas instituições "é reflexo dos níveis também baixos de confiança inter-pessoal". "Esta tendência é uma característica dos portugueses, que não se tem alterado muito nos últimos anos", acrescenta.
A insatisfação relativa em todos os indicadores "reflecte uma enorme crise de expectativas", defende por seu lado Pedro Adão e Silva. O sociólogo e comentador político salienta a crise de expectativas como relevante e produtora destes efeitos: "Significa que as pessoas estão a ter um choque de expectativas e a convicção de que Portugal não acompanhará o desenvolvimento dos melhores países da Europa. Há uns anos tínhamos a ideia de que haveria ganhos com a CEE, agora não".
A confiança dos portugueses nos políticos voltou a baixar em 2009 segundo um estudo de opinião da Eurofound, a agência da União Europeia para a melhoria das condições de vida e do trabalho. Esta sondagem, a única pan-europeia, apresentada ontem em Bruxelas, a que o Diário Económico teve acesso, coloca Portugal na cauda da lista entre os 27 países da UE e não só. Acentua a visão negativa nacional face aos países economicamente mais desenvolvidos no Centro e Norte da Europa. Atrás de Portugal no que toca à confiança no Parlamento, políticos e Governo estão a Polónia, Hungria, Letónia, Roménia, Eslovénia, Lituânia. Numa escala de um a dez, na confiança nos políticos, Portugal fica-se por 3,57, quando em 2007 estava nos 4,29. No que respeita à confiança no Governo, Portugal pontua 3,79, muito abaixo dos 4,28 de 2007.
As maiores quebras de confiança nos governos, parlamentos e relações inter-pessoais avaliadas entre 2007 e 2009 verificaram-se precisamente em Portugal e Espanha. O estudo, que envolveu mil entrevistas pessoais em cada país a pessoas maiores de 18 anos, conclui que a crise financeira está associada aos desvios negativos nas respostas sobre qualidade de vida e das sociedades. "Os portugueses tendem a ter uma percepção da satisfação abaixo da realidade e costumam estar entre os mais pessimistas", diz António Costa Pinto. Segundo o historiador e politólogo, a baixa confiança nos políticos e nas instituições "é reflexo dos níveis também baixos de confiança inter-pessoal". "Esta tendência é uma característica dos portugueses, que não se tem alterado muito nos últimos anos", acrescenta.
A insatisfação relativa em todos os indicadores "reflecte uma enorme crise de expectativas", defende por seu lado Pedro Adão e Silva. O sociólogo e comentador político salienta a crise de expectativas como relevante e produtora destes efeitos: "Significa que as pessoas estão a ter um choque de expectativas e a convicção de que Portugal não acompanhará o desenvolvimento dos melhores países da Europa. Há uns anos tínhamos a ideia de que haveria ganhos com a CEE, agora não".