O Serviço de Informações da República (SIS) e o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) assinaram protocolos para infiltrar agentes não identificados em alguns serviços públicos, avança a edição de hoje do Correio da Manhã.
Caríssimos Rui e Júlio (ambos de apelido Pereira), pergunto: porquê o incómodo de colocar agentes do SIS? Saibam que há gente na Função Pública cuja frustação é tão grande que inventaria qualquer coisa para que Vossas Excelências lhes dessem um minuto de glória! Eu própria tenho todo o gosto em fornecer-lhe alguns nomes que se dedicam à arte de bem denunciar os colegas desde - toda a sua vida! - sempre.
Fico simplesmente preocupada com o seguinte: para ter acesso a tal informação onde tencionam colocar, na estrutura organizativa, tal gente? Na portaria? Na informática? Espero que estejam antes a pensar em infiltrá-los como dirigentes, chefias, nos gabinetes da Direcção. É que não será entre trabalhadores comuns com certeza que os senhores encontrarão os actores do crime financeiro e organizado, os agentes da corrupção! Para se praticar um crime dessa natureza tem de se ter acesso à "coisa" e poder para a "coisa"! Faço-me entender?
Recordo-lhes, permitam-me o à-vontade democrático, que ainda há pouco se discutia a legitimidade, legalidade e até a constitucionalidade de uma medida tida por muito "oportuna": a de obrigar quem ocupa determinados lugares ou integra certas carreiras a "dar parte" de ser membro de alguma associação cívica (querendo visar a associação cívica a que o senhor ministro pertence!)!
Entendam, pois, que é-me visceral insurgir-me contra o elogio da delação, ténue pode ser a fronteira entre esta, propriamente dita, com o objectivo que pretendeis, e a mais profunda infâmia, a maior difamação, o cruel vitupério, a vil mentira.
A tentação de "tramar a carreira" de A pode ser a escada (não de Jacó!), mas o corrimão mais breve para a ascensão de B! Essa tentação pode até apoderar-se de muito (boa) gente! que, mercê da sua mediocridade, não descortina outra forma de saltar uns degraus na escalada da promoção!
Por um prato de lentilhas, por três moedas, ou por tudo e por nada!
Haverá gente que não hesitará em fazer um pacto com o Diabo, e oferecer quantas cabeças de joão Batista conseguir, a troco de ... qualquer coisita!
Não dêem por certa a honra nos homens porque parecem esquecer que alguns homens tãopouco alguma vez lhe viram a face! Não profissionalizem o hobby da "queixinha"! Não confiram honrarias aos Cavaleiros Negros da Santa Ordem da Delação!
Quem vos fará o "tratamento" dessa informação? Testaram esses homens a quem confiam tal tarefa com as provas adequadas? Confiam na Sua Verdade? Descobriram polígrafo que detecte se a Sua Verdade é a Vossa Verdade também, ou se é (a pura, a real) a Verdade?
Cuidado, Rui, meu irmão, não vás tu ser o "Abre-te Sésamo!" de uma cidadela de discípulos de Judas! Ser o beatificador da Delação! O Santo Inquisidor da Maledicência! Não passes tu, Rui, de homem livre a homem do cárcere, de libertado a aprisionador! Lá fora, são poucos os homens de bem!, na verdade, são poucos os Homens! e é ainda menos o Bem! E a Caixa de Pandora que te propões abrir não contém a pérola da esperança (como a da lenda) mas sim o diamante negro da suspeição!
A intenção é boa, mas não te queria estar na pele, se um dia por acaso descobres que acusaste um inocente e premiaste um bajulador! Não te esqueças que és "de bons costumes" e que é suposto teres consciência, vírus de que muito poucos são portadores, e que, nas malhas que o Inferno (ou o Império) tece, cai, por vezes, a mais fina joía da coroa!
Caríssimos Rui e Júlio (ambos de apelido Pereira), pergunto: porquê o incómodo de colocar agentes do SIS? Saibam que há gente na Função Pública cuja frustação é tão grande que inventaria qualquer coisa para que Vossas Excelências lhes dessem um minuto de glória! Eu própria tenho todo o gosto em fornecer-lhe alguns nomes que se dedicam à arte de bem denunciar os colegas desde - toda a sua vida! - sempre.
Fico simplesmente preocupada com o seguinte: para ter acesso a tal informação onde tencionam colocar, na estrutura organizativa, tal gente? Na portaria? Na informática? Espero que estejam antes a pensar em infiltrá-los como dirigentes, chefias, nos gabinetes da Direcção. É que não será entre trabalhadores comuns com certeza que os senhores encontrarão os actores do crime financeiro e organizado, os agentes da corrupção! Para se praticar um crime dessa natureza tem de se ter acesso à "coisa" e poder para a "coisa"! Faço-me entender?
Recordo-lhes, permitam-me o à-vontade democrático, que ainda há pouco se discutia a legitimidade, legalidade e até a constitucionalidade de uma medida tida por muito "oportuna": a de obrigar quem ocupa determinados lugares ou integra certas carreiras a "dar parte" de ser membro de alguma associação cívica (querendo visar a associação cívica a que o senhor ministro pertence!)!
Entendam, pois, que é-me visceral insurgir-me contra o elogio da delação, ténue pode ser a fronteira entre esta, propriamente dita, com o objectivo que pretendeis, e a mais profunda infâmia, a maior difamação, o cruel vitupério, a vil mentira.
A tentação de "tramar a carreira" de A pode ser a escada (não de Jacó!), mas o corrimão mais breve para a ascensão de B! Essa tentação pode até apoderar-se de muito (boa) gente! que, mercê da sua mediocridade, não descortina outra forma de saltar uns degraus na escalada da promoção!
Por um prato de lentilhas, por três moedas, ou por tudo e por nada!
Haverá gente que não hesitará em fazer um pacto com o Diabo, e oferecer quantas cabeças de joão Batista conseguir, a troco de ... qualquer coisita!
Não dêem por certa a honra nos homens porque parecem esquecer que alguns homens tãopouco alguma vez lhe viram a face! Não profissionalizem o hobby da "queixinha"! Não confiram honrarias aos Cavaleiros Negros da Santa Ordem da Delação!
Quem vos fará o "tratamento" dessa informação? Testaram esses homens a quem confiam tal tarefa com as provas adequadas? Confiam na Sua Verdade? Descobriram polígrafo que detecte se a Sua Verdade é a Vossa Verdade também, ou se é (a pura, a real) a Verdade?
Cuidado, Rui, meu irmão, não vás tu ser o "Abre-te Sésamo!" de uma cidadela de discípulos de Judas! Ser o beatificador da Delação! O Santo Inquisidor da Maledicência! Não passes tu, Rui, de homem livre a homem do cárcere, de libertado a aprisionador! Lá fora, são poucos os homens de bem!, na verdade, são poucos os Homens! e é ainda menos o Bem! E a Caixa de Pandora que te propões abrir não contém a pérola da esperança (como a da lenda) mas sim o diamante negro da suspeição!
A intenção é boa, mas não te queria estar na pele, se um dia por acaso descobres que acusaste um inocente e premiaste um bajulador! Não te esqueças que és "de bons costumes" e que é suposto teres consciência, vírus de que muito poucos são portadores, e que, nas malhas que o Inferno (ou o Império) tece, cai, por vezes, a mais fina joía da coroa!