Sabe-se que mentira e política são damas da mesma intriga.
Lembremo-nos do poema “A Implosão da Mentira” de Afonso Romano de Sant´Anna, em que os versos mentem, mentem e de tanto/mentir tão bravamente/constroem um país de mentiras. Já Maquiavel dizia "Governar é fazer crer." Daí à Teoria da Mentira.
Por isso William James, pensador norte-americano do século XIX, pregava a necessidade de a cidadania encorajar o “desejo de duvidar“: o cepticismo.
Bertrand Russel dizia que “o que precisamos não é o desejo de acreditar, mas da vontade de descobrir, que é exatamente o contrario”.
A mentira foi a ideia crucial de “1984”, de George Orwell, em que a dita Teoria é exposta pelo personagem central — funcionário do Ministério da Verdade —, ao qual competia, diariamente, alterar os factos do passado, eliminando as provas materiais que os denunciassem a ajustar o presente, de acordo com os novos factos. O objetivo: controlar o futuro.
Como diz Sant’Anna “(...) e mentem de maneira tão pungente, que acho que mentem sinceramente”.
É sabido que a mentira nas democracias contemporâneas é um fenómeno de proporções imensuráveis. Confunde-se com a razão do Estado, é a razão do Estado.
Mais que todas a s mentiras, a mentira politica "é uma construção equiparável, no valor que lhe é atribuído, pelo menos pelos políticos, à verdade. Mas, contrariamente á verdade, a mentira politica é apresenta-se não como uma conjectura refutável, mas como um facto irrefutável." Seguimos a verdade de Platão (A REPUBLICA) que defendia o uso da mentira na política e afirmava mesmo que "Se compete a alguem mentir, é aos lideres da cidade no interesse da propria cidade, em virtude dos inimigos ou dos cidadões", escreveu ele com a ressalva:- "a todas as demais pessoas, não é licito esse recurso".
Corroborando o blog do felino, "Lamentavelmente, na política a mentira compensa. (...) Sintoma de irresponsabilidade, de mão dada com a incompetência que mostra o desmerecimento para governar."
Citando Hannah Arendt "a política é o lugar privilegiado da mentira".«E se a mentira política não tem nada de novo em termos de natureza humana e de natureza da política, a mudança de escala que aconteceu nos meios de comunicação e das audiências , tornando possível a passagem da mentira política para a "política da mentira política", estrutura uma realidade nova» Joaquim Aguiar, no seu livro Fim das Ilusões/ Ilusões do Fim (citando Jean-Paul Sartre) «A mentira política não é involuntária nem é ingénua, não é um produto do desconhecimento ou da insuficiências de informação. Quem mente, sabe que mente, por que mente e para que mente» Idem.
Ao povo compete cultivar a arte de ser céptico.
A época de eleições é a época de semeio, de cultivo.
Para nós, a dúvida é de plantio permanente, que neste país, vai sendo difícil, dar-lhe tempo de pousio.
Lembremo-nos do poema “A Implosão da Mentira” de Afonso Romano de Sant´Anna, em que os versos mentem, mentem e de tanto/mentir tão bravamente/constroem um país de mentiras. Já Maquiavel dizia "Governar é fazer crer." Daí à Teoria da Mentira.
Por isso William James, pensador norte-americano do século XIX, pregava a necessidade de a cidadania encorajar o “desejo de duvidar“: o cepticismo.
Bertrand Russel dizia que “o que precisamos não é o desejo de acreditar, mas da vontade de descobrir, que é exatamente o contrario”.
A mentira foi a ideia crucial de “1984”, de George Orwell, em que a dita Teoria é exposta pelo personagem central — funcionário do Ministério da Verdade —, ao qual competia, diariamente, alterar os factos do passado, eliminando as provas materiais que os denunciassem a ajustar o presente, de acordo com os novos factos. O objetivo: controlar o futuro.
Como diz Sant’Anna “(...) e mentem de maneira tão pungente, que acho que mentem sinceramente”.
É sabido que a mentira nas democracias contemporâneas é um fenómeno de proporções imensuráveis. Confunde-se com a razão do Estado, é a razão do Estado.
Mais que todas a s mentiras, a mentira politica "é uma construção equiparável, no valor que lhe é atribuído, pelo menos pelos políticos, à verdade. Mas, contrariamente á verdade, a mentira politica é apresenta-se não como uma conjectura refutável, mas como um facto irrefutável." Seguimos a verdade de Platão (A REPUBLICA) que defendia o uso da mentira na política e afirmava mesmo que "Se compete a alguem mentir, é aos lideres da cidade no interesse da propria cidade, em virtude dos inimigos ou dos cidadões", escreveu ele com a ressalva:- "a todas as demais pessoas, não é licito esse recurso".
Corroborando o blog do felino, "Lamentavelmente, na política a mentira compensa. (...) Sintoma de irresponsabilidade, de mão dada com a incompetência que mostra o desmerecimento para governar."
Citando Hannah Arendt "a política é o lugar privilegiado da mentira".«E se a mentira política não tem nada de novo em termos de natureza humana e de natureza da política, a mudança de escala que aconteceu nos meios de comunicação e das audiências , tornando possível a passagem da mentira política para a "política da mentira política", estrutura uma realidade nova» Joaquim Aguiar, no seu livro Fim das Ilusões/ Ilusões do Fim (citando Jean-Paul Sartre) «A mentira política não é involuntária nem é ingénua, não é um produto do desconhecimento ou da insuficiências de informação. Quem mente, sabe que mente, por que mente e para que mente» Idem.
Ao povo compete cultivar a arte de ser céptico.
A época de eleições é a época de semeio, de cultivo.
Para nós, a dúvida é de plantio permanente, que neste país, vai sendo difícil, dar-lhe tempo de pousio.