Aproveitando a maré de cultura, da ementa constam outras tantas obras de arte, que apaladam os sentidos, despertam-nos, invocam-nos.
Vejamos.
Ainda o São Carlos, aguardem por Janeiro, e não percam a versão concerto de "Dona Branca" de Alfredo Keil, um drama lírico em quatro partes com libreto de César Ferreal sobre o poema homónimo de Almeida Garrett.
Antes, em Outubro, soltam-se os corpos, imaginando que os pés tocam de perto as estrelas, é pelo sonho que vamos!, arrebatemo-nos pela magia da dança contemporânea, e, de preferência, bem acompanhados, vamos até ao Centro Cultural de Belém - por certo dos poucos momentos em que esquecemos a megalomania do político que o mandou construir - onde o artista residente na temporada 2009/10, o coreógrafo e bailarino Rui Horta, apresenta uma trilogia, que começa a 15 de Outubro, com o "Talk Show/Até se Apagar o Corpo", coreografia inspirada na relação corpo/amor. Até ao final da temporada, Rui Horta estreia ainda "As Lágrimas de Saladino" e "Local Geographic", as outras coreografias da trilogia.
O CCB apresenta também uma nova criação de Olga Roriz - imperdível - , em Maio de 2010: uma versão de "A Sagração da Primavera", com música de Igor Stravinsky.
A "rentrée" da Companhia Nacional de Bailado (CNB) irá dar-se espaço fora da capital, a 26 de Setembro, no Teatro Micaelense de Ponta Delgada - que altura fantástiva para ver ou rever os Açores - oferecendo três coreografias: "Strokes through the Tail", de Marguerite Donlon, "Fauno", de Vasco Wellenkamp, e "Cantata", de Mauro Bigonzetti. Já em Maio de 2010, a CNB interpretará em estreia mundial, em Faro, uma nova coreografia de "A Sagração da Primavera", encomendada pela instituição ao coreógrafo espanhol Cayetano de Soto para a temporada de dança 2009/10.
É a descentralização da cultura ao rubro. Parabéns ainda à OPART!
Na música clássica, a Orquestra Metropolitana de Lisboa abre a temporada a 4 de Setembro com a estreia da peça musical "Abertura Rompante", de Tiago Derriça, num concerto da orquestra dirigido pelo maestro Josep Caballé-Domenech, com Teresa Valente Pereira no violoncelo - por mim, já me chegava!. E, logo a 1 de Outubro, de festa com o Dia da Música, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, a orquestra brinda-nos com o concerto "Maravilhas da Música" dirigido pelo maestro Pedro Neves.
Ao CCB regressa, a 16 de Janeiro, Maria João Pires, para interpretar, acompanhada por Rufus Müller, um concerto dedicado ao 'lied' do compositor Franz Schubert.
Num estilo bem diferente, o grupo Xutos & Pontapés dá um concerto a 26 de Setembro, no Estádio do Restelo, e dois dias depois actuam os Green Day no Pavilhão Atlântico.
Diana Krall actua para nós a 10 de Outubro no Campo Pequeno, e a 11 está no Porto.
Na arte de Garrett, regressa ao Teatro Aberto, em Lisboa, a peça "O Deus da Matança", de Yasmina Reza, com encenação de João Lourenço, a 4 de Setembro.
No Teatro Nacional D. Maria II, na nova temporada estarão em cena, entre outras, peças de Gil Vicente, Marquerite Duras e Abel Neves.
O auto "Breve Sumário da História de Deus" de Gil Vicente será encenado pelo director do Teatro Nacional São João, Nuno Carinhas, e subirá ao palco do teatro nacional a 08 de Janeiro de 2010.
Pelo poeta e dramaturgo Abel Neves, o monólogo “O Vulcão” será apresentado a partir 26 de Novembro na sala estúdio, com interpretação de Custódia Gallego, e a companhia estrangeira Les Visiteurs du Soir irá apresentar "La Douleur", de Marguerite Duras, numa encenação do cineasta francês Patrice Chéreau.
Nem só de pão vive o homem! E as mulheres (que quem inventou o provérbio era homem, com certeza) seguramente, muito menos (e também não me refiro aos diamantes!). O que explica que ambos se esforçem por se elevar e recordando (ou acreditando ...) que fomos feitos à imagem de Deus, não percam dos poucos momentos - essa é a magia da cultura - em que, sugerindo o quadro do Início do Mundo, esquecemos que somos homens e nos sentimos Deuses (ou mais perto deles!)!
Vejamos.
Ainda o São Carlos, aguardem por Janeiro, e não percam a versão concerto de "Dona Branca" de Alfredo Keil, um drama lírico em quatro partes com libreto de César Ferreal sobre o poema homónimo de Almeida Garrett.
Antes, em Outubro, soltam-se os corpos, imaginando que os pés tocam de perto as estrelas, é pelo sonho que vamos!, arrebatemo-nos pela magia da dança contemporânea, e, de preferência, bem acompanhados, vamos até ao Centro Cultural de Belém - por certo dos poucos momentos em que esquecemos a megalomania do político que o mandou construir - onde o artista residente na temporada 2009/10, o coreógrafo e bailarino Rui Horta, apresenta uma trilogia, que começa a 15 de Outubro, com o "Talk Show/Até se Apagar o Corpo", coreografia inspirada na relação corpo/amor. Até ao final da temporada, Rui Horta estreia ainda "As Lágrimas de Saladino" e "Local Geographic", as outras coreografias da trilogia.
O CCB apresenta também uma nova criação de Olga Roriz - imperdível - , em Maio de 2010: uma versão de "A Sagração da Primavera", com música de Igor Stravinsky.
A "rentrée" da Companhia Nacional de Bailado (CNB) irá dar-se espaço fora da capital, a 26 de Setembro, no Teatro Micaelense de Ponta Delgada - que altura fantástiva para ver ou rever os Açores - oferecendo três coreografias: "Strokes through the Tail", de Marguerite Donlon, "Fauno", de Vasco Wellenkamp, e "Cantata", de Mauro Bigonzetti. Já em Maio de 2010, a CNB interpretará em estreia mundial, em Faro, uma nova coreografia de "A Sagração da Primavera", encomendada pela instituição ao coreógrafo espanhol Cayetano de Soto para a temporada de dança 2009/10.
É a descentralização da cultura ao rubro. Parabéns ainda à OPART!
Na música clássica, a Orquestra Metropolitana de Lisboa abre a temporada a 4 de Setembro com a estreia da peça musical "Abertura Rompante", de Tiago Derriça, num concerto da orquestra dirigido pelo maestro Josep Caballé-Domenech, com Teresa Valente Pereira no violoncelo - por mim, já me chegava!. E, logo a 1 de Outubro, de festa com o Dia da Música, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, a orquestra brinda-nos com o concerto "Maravilhas da Música" dirigido pelo maestro Pedro Neves.
Ao CCB regressa, a 16 de Janeiro, Maria João Pires, para interpretar, acompanhada por Rufus Müller, um concerto dedicado ao 'lied' do compositor Franz Schubert.
Num estilo bem diferente, o grupo Xutos & Pontapés dá um concerto a 26 de Setembro, no Estádio do Restelo, e dois dias depois actuam os Green Day no Pavilhão Atlântico.
Diana Krall actua para nós a 10 de Outubro no Campo Pequeno, e a 11 está no Porto.
Na arte de Garrett, regressa ao Teatro Aberto, em Lisboa, a peça "O Deus da Matança", de Yasmina Reza, com encenação de João Lourenço, a 4 de Setembro.
No Teatro Nacional D. Maria II, na nova temporada estarão em cena, entre outras, peças de Gil Vicente, Marquerite Duras e Abel Neves.
O auto "Breve Sumário da História de Deus" de Gil Vicente será encenado pelo director do Teatro Nacional São João, Nuno Carinhas, e subirá ao palco do teatro nacional a 08 de Janeiro de 2010.
Pelo poeta e dramaturgo Abel Neves, o monólogo “O Vulcão” será apresentado a partir 26 de Novembro na sala estúdio, com interpretação de Custódia Gallego, e a companhia estrangeira Les Visiteurs du Soir irá apresentar "La Douleur", de Marguerite Duras, numa encenação do cineasta francês Patrice Chéreau.
Nem só de pão vive o homem! E as mulheres (que quem inventou o provérbio era homem, com certeza) seguramente, muito menos (e também não me refiro aos diamantes!). O que explica que ambos se esforçem por se elevar e recordando (ou acreditando ...) que fomos feitos à imagem de Deus, não percam dos poucos momentos - essa é a magia da cultura - em que, sugerindo o quadro do Início do Mundo, esquecemos que somos homens e nos sentimos Deuses (ou mais perto deles!)!