Preparando a próxima temporada, em agitação está já o São Carlos.
Muito especial, para mim.
Fui abençoada com o privilégio de, por motivos profissionais, poder acompanhar de perto a próxima temporada no Teatro Nacional de São Carlos, que abre a 9 de Outubro com "Götterdämmerung" ("O Crepúsculo dos Deuses"), de Richard Wagner, uma ópera em três actos que irá completar o Festival Cénico "O Anel do Nibelungo" (a colossal tetralogia operática de Wagner).
O Crepúsculo dos Deuses é a sua ópera de maior duração e simultaneamente aquela que revela uma maior maturidade e complexidade quer em termos de escrita musical (orquestral, harmónica e temática), quer em termos de encenação. Dizem-me que o teatro sofre uma transmutação "física" profunda e que se trata de uma obra que exige "tudo" do pessoal e de "todo" o pessoal.
Bem vi a angústia versus profundo empenho e prazer que dá a tanta gente preparar esta ópera.
Agora que várias vezes por semana poderei estar, a pretexto de trabalho - e de facto, em trabalho - no coração do Teatro, deixando-me envolver e arrebatar pela magia de um espaço que me leva de volta a Versalhes e aos bailes temáticos de Luís XIV.
Saio do preto e branco e dou comigo em estado de pasmo! candeeiros, lustres, dourados, vozes ensaiantes, delirantes, arrepiantes, colossais, correrias de uns e de outros, um pouco por todo o lado, em todo o lado, vindos de todos os lados!
Acariciam o ar os veludos, adamascados, cetins, acetinados, sedas, mousselines.
É o abraço da arte pela arte.
Impossível voltar ao real, ao humano, durante uns bons minutos.
Abençoada OPART.
Muito especial, para mim.
Fui abençoada com o privilégio de, por motivos profissionais, poder acompanhar de perto a próxima temporada no Teatro Nacional de São Carlos, que abre a 9 de Outubro com "Götterdämmerung" ("O Crepúsculo dos Deuses"), de Richard Wagner, uma ópera em três actos que irá completar o Festival Cénico "O Anel do Nibelungo" (a colossal tetralogia operática de Wagner).
O Crepúsculo dos Deuses é a sua ópera de maior duração e simultaneamente aquela que revela uma maior maturidade e complexidade quer em termos de escrita musical (orquestral, harmónica e temática), quer em termos de encenação. Dizem-me que o teatro sofre uma transmutação "física" profunda e que se trata de uma obra que exige "tudo" do pessoal e de "todo" o pessoal.
Bem vi a angústia versus profundo empenho e prazer que dá a tanta gente preparar esta ópera.
Agora que várias vezes por semana poderei estar, a pretexto de trabalho - e de facto, em trabalho - no coração do Teatro, deixando-me envolver e arrebatar pela magia de um espaço que me leva de volta a Versalhes e aos bailes temáticos de Luís XIV.
Saio do preto e branco e dou comigo em estado de pasmo! candeeiros, lustres, dourados, vozes ensaiantes, delirantes, arrepiantes, colossais, correrias de uns e de outros, um pouco por todo o lado, em todo o lado, vindos de todos os lados!
Acariciam o ar os veludos, adamascados, cetins, acetinados, sedas, mousselines.
É o abraço da arte pela arte.
Impossível voltar ao real, ao humano, durante uns bons minutos.
Abençoada OPART.