quinta-feira, 14 de junho de 2012

somos capazes ... coisas de uma mulher imprevisível!

Rebolei alguns dias indagando-me se devia aqui trazer esta conversa. Um comentário de um amigo, hoje, ao tema da violência doméstica deu-me a força! Esta é uma sociedade em que alguns homens, ditos civilizados, nas situações mais extremas, ainda se comportam como se ao mundo feminino pertencesse tudo o que é emocional e ao masculino tudo o que é racional. Fui criada numa família de matriarcas e em que o única patriarca (o meu avô paterno) era feminista. Daí uma cabeça incompreendida! (risos). Há coisa de um mês fui surpreendida por uma situação que demonstra como os homens têm dificuldade em esperar e aceitar atitudes que consideram pertencer ao mundo dos homens. Um parceiro de negócios, que tinha como amigo também, decide encetar uma luta palaciana que visou transferir todos os contratos, acordos e protocolos, dentro da sua área (concepção de sistemas), celebrados pela empresa que dirijo para uma outra que pretendia constituir paralelamente. Mais do que a minha gargalhada de desprezo, mais do que o Não, mais que a luta que movi e que ainda movo, doeu-lhe, nas suas palavras, ter sido uma mulher a reagir, assim. À altura e à largura. E que faria uma mulher(zinha), supostamente? Na verdade, não sei - que esta cabeça é acusada de ser masculina! - nem me interessa. Mas sei como reage uma pessoa de bem. Vai e frente! Segue caminho! Parte ... Se isto é de homem ... mas que ideia! Quem mais do que as mulheres persegue o direito de renovação, de revivificação? Elas que menstruam. que dão à luz! Quem mais do que elas empreende ante o desconhecido? Há maior empreendimento que educar um filho? Este é um comentário de homenagem às mulheres que ensaiam, no seu dia a dia, uma outra afirmação do feminino. Que lição! E que favor! Da próxima vez que esta criatura se meter com uma mulher não o fará no pressuposto de debilidade, de fragilidade. Em vez de se lembrar das mulher(zinhas) que, confortavelmente, estereotipou e para cujo modelo pretende remeter todas as outras, lembre-se da única que vale a pena lembrar: a Mãe! E que grande mulher terá sido! Não são sempre grandes mulheres as mães!? Lembra-te disso, pá! (post para quem acha que só falo e escrevo sobre coisas "frívolas" - risos!)