Segundo o Presseurope, tudo indica que, em Outubro, o clima aqueça. Inúmeros europeus não estão minimamente dispostos a pagar a fatura da crise da banca e descem à rua para manifestar o seu descontentamento. Se, à primeira vista, um grevista grego, francês e italiano não têm nada em comum, um irrita-se com a perda de poder de compra, o outro quer conservar o direito de parar de trabalhar aos 60 anos e o terceiro teme pelo seu emprego. E no entanto, os manifestantes dos diferentes países têm algo em comum: o sentimento de que devem pagar a fatura da crise financeira. Os países europeus abrem alas para anunciar planos de rigor. Em vários deles, fala-se de congelamento de salários, aumento da idade de reforma, redução das prestações sociais e flexibilidade dos procedimentos de despedimento. Há muitas greves, mas de momento, com poucos resultados. "Ainda é demasiado cedo para ações duras", explica Ton Wilthagen, especialista em Mercado de Trabalho na Universidade de Tilburg. Com exceção da Grécia e da Espanha, não se sabe ainda o que a crise orçamental vai significar para os assalariados. "Não seria muito inteligente fazer greve de antemão."