quarta-feira, 30 de maio de 2012

Joana d'Arc - 30 de Maio - O martírio


30 de maio de 1431. Com apenas dezenove anos, Joana d'Arc é morta. A cerimónia de execução aconteceu na Praça do Velho Mercado (Place du Vieux Marché), às 9 horas, em Ruão. O pedestal erguera-se num nível superior e, abaixo, colocaram os feixes de lenha para iniciar a fogueira. Sobre estes, havia um poste encimado pela inscrição, em grandes letras: “Joana, que se fez conhecer pela Donzela, mentirosa, perniciosa, abusadora do povo, advinha, supersticiosa, blasfemadora de Deus, presunçosa, malcrente na fé de Jesus Cristo, jactanciosa, idólatra, cruel, dissoluta, invocadora de diabos, reincidente, apóstata, cismática e herética.” Foi condenada pelos crimes de heresia, bruxaria e por todos os outros de que tinha sido acusada nos “Doze Artigos”. Quarenta e dois “juízes” condenaram Joana. “Jesus!” - disse, ao falecer. Um secretário do rei inglês dizia bem alto: “Estamos perdidos; queimamos uma Santa!”.
"A Joana d’Arc" é um poema magnifico de Santa Teresa do Menino Jesus. "Quando o Deus das Nações te concedeu vitória, E, expulsando o invasor, sagraste o rei, ó Joana, teu nome se tornou famoso em toda a história, diante de ti os heróis perderam brilho e fama. Mas aquela era ainda a glória passageira; ao teu nome faltava a auréola dos santos. O Bem-Amado deu-te, amarga, a taça inteira, e te tornaste a rejeitada dos humanos. Numa escura masmorra, entre grilhões e horrores, o cruel invasor cobriu-te de amarguras. Nenhum amigo teu partilhou tuas dores, nenhum se apresentou para enxugar teu pranto. Vejo-te, neste horror, mais reluzente e bela, do que no dia-luz do rei em sagração. Donde te veio a luz, este fulgor de estrela, que hoje te faz brilhar? De uma ignóbil traição! Se um dia o Rei do amor, neste vale de prantos, não tivesse buscado a traição e a morte, para todos nós a dor já não teria encantos… Mas hoje a amamos como um tesouro e uma sorte." (Santa Teresa do Menino Jesus)