Ainda há (ainda é) tempo de feminismos?
Desde 1788, data em que
Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação
para as mulheres, a 1840, data em que Lucrécia Mott luta pela igualdade de
direitos para mulheres e negros dos Estados
Unidos, a 1859, data em surge na Rússia,
na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres,
a 1862, data em que, nas eleições municipais, as mulheres podem votar pela
primeira vez na Suécia, a 1865, data em que, na Alemanha,
Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs, a 1866, data em que,
no Reino Unido, John S. Mill exige o direito de voto para as mulheres inglesas,
a 1869, data em que, é criada nos Estados Unidos, a Associação Nacional para o
Sufrágio das Mulheres, a 1870, data em que, em França, as mulheres passam a ter
acesso aos cursos de Medicina, a 1874, data em que, no Japão,
foi criada a primeira escola normal para raparigas, a 1878, data em que foi
criada, na Rússia, uma Universidade Feminina, a 1901, data em que René Viviani
defende o direito de voto das mulheres, a Adelaide Cabete, portuguesa, médica, republicana, sufragista e maçona, foi
percorrido um imenso caminho.
Há ainda (hoje
e aqui) lugar para feminismos?
O Prêmio Nobel
da Paz 2011 foi atribuído a três mulheres (Ellen
Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman) pela sua luta no feminino e
do feminino. “Não podemos alcançar a democracia e paz duradoura no mundo ao
menos que as mulheres obtenham as mesmas oportunidades que os homens para
influenciar o desenvolvimento em todos os níveis da sociedade”, concluiu o
Comité Norueguês do Nobel.
Maria
Teresa Horta explicava: “Há quem defenda que já não existem razões
para o feminismo! Nos EUA, em cada segundo, uma mulher é espancada. Em cada minuto, uma mulher é violada.
Será possível esquecer as violações das mulheres na guerra da Bósnia e ignorar
o que se passa na Argélia? E a ablação do clitóris, diariamente praticada e que
todos calam, e até aceitam, sob o pretexto da tradição e da cultura? Em
Portugal, as mulheres são mais livres sexualmente? O pior são as humilhações
quotidianas, neste tempo de paz podre... As mulheres são mais do que os homens
nas universidades? Pois são, felizmente, mas onde estão os cargos compatíveis
com os diplomas?”
Porque há, efetivamente,
muito a fazer, acompanho, mais uma vez, a Jesuina Ribeiro nesta sua luta.
Acredito em mulheres fortes! Em mulheres em que me revejo! Em mulheres capazes
de ser a alavanca da mudança num partido que (ainda e sempre) é de causas! O
partido da rosa merece uma lutadora que lute pelos direitos da mulher, pela causa
da igualdade de género. Vai em frente, Jes. O momento é AGORA!