Às sextas-feiras assaltam-me sempre algumas preocupações que me envenenam o sossego do fim de semana. Estando a banhos de iodo (ódio!) Cavaco e Passos [diz que o corre-corre dos beija-mãos é uma canseira - é um problema dos "padrinhos"!], pergunto-me: Se os homens de mão, vulgo paus mandados, vulgo controleiros, vulgo lambe-botas, dos mandantes dos palacetes sitos em Belém e em S. Bento, meterem água (faz-lhes tanta falta o mar Salgado, que se foi ... mas volta!) no caso do BES-BOM, onde o Estado deu um empurrãozinho nele colocando subrepticiamente o "capital" da troika, quem pagará os prejuízos e devolverá o dinheiro de que todos temos estado solidariamente a pagar juros? - empréstimos forçados a lembrar Salazar! «[O Governo viu-se] obrigado a agravar a carga tributária (…). Vê-se agora igualmente forçado a elevar ainda algumas taxas indiretas (…). São superiores a 200 000 000$00 os novos sacrifícios pedidos então e agora ao povo português, esforço que, a realizar-se integralmente, pode ser classificado de heroico nas condições atuais da nossa economia.» - António de Oliveira Salazar, no preâmbulo do seu primeiro Orçamento de Estado]. Quando os acionistas do BES-MAU abrirem os olhos e perceberem que foram expropriados sem aviso nem consentimento e resolverem reivindicar em tribunal as indemnizações a que tenham direito, quem as pagará? - sim, porque, juridicamente, existem fortes hipóteses de os tribunais lhes darem razão. E, já agora, isto que "temos" e que adoptou o nome de "Governo", cognome "A Corja", vai continuar a mover-se como se fosse um grupo teatral, de cujas más actuações não se retiram quaisquer consequências, ou, finalmente, alguém vai perceber que isto é uma associação de malfeitores? Isto, só para tentar passar o fim de semana mais descansada .... tanta vilanagem tem dado cabo da minha beleza! AM