sexta-feira, 16 de março de 2012

A Coruja - Sempre Vigilantes!

«Deixa que os mortos enterrem os seus mortos, e tu vai e anuncia o Reino de Deus.», este alerta de Jesus para a importância de não se perder tempo com o desperdício (Lucas, IX: 59-60) convida-nos a pensar sobre a nossa postura e vivência enquanto homens de "um tempo". Disse Ortega y Gasset: "O homem é o homem e a sua circunstância". O tempo é de reflexão. A circunstância é de acção. O maçon É a Coruja. Porta-se em vigilância no total esplendor e conhecimento dos seus sentidos. Ainda que discretos, como uma ave noturna (a coruja o momento do pensamento filosófico e da revelação intelectual ), a postura é de Vigilante. De pé e à Ordem para a Obra Maçónica que exige de Nós que estejamos, na vida, "por inteiro". A coruja, aquela especial ave de Athena (irmã de Apollo (Sol), ela mesma símbolo da reflexão, do conhecimento racional aliado ao intuitivo, em perfeito domínio da escuridão/noite) e de Minerva, simboliza exatamente a reflexão que domina as trevas (a ave, enquanto deusa da Sabedoria e da Justiça, sempre atenta, servindo-se do seu pescoço que gira 360º, possuidora de olhos luminosos que, como Zeus, enxergam “O todo”). Transformar Conhecimento em Sabedoria é criar no espírito esta predisposição para determinar a realização objetiva, através do traçado inteligente do plano a executar, da acção a materializar o conhecimento adquirido, tornando-o razão. A razão pela qual a Sabedoria dirige o Maçon nas suas atitudes! Essa é a Coluna (a principal Coluna que sustenta o nosso Templo interior). A Coluna-Coruja. Sabedoria, inteligência e silêncio (silêncio interventivo! silêncio consciente, silêncio dos "mortos" (iniciados)). A coruja representa em Nós o conhecimento racional, a clarividência, a reflexão e a iluminação das trevas. E se a coruja não bastar sejamos como Odin. Saibamos ser os nossos próprios corvos. Hugin, o Espírito e a Razão. Munin, a Memória e o Entendimento. Descubramos essas divinas capacidades que a Luz fez em Nós à Sua Semelhança e mantenhamo-nos Vigilantes ante este tempo de Trevas. Saibamos reflectir e agir com Sabedoria. Em atenção constante. Em prontidão permanente. Hegel (1770-1830) escreveu: «Quando a filosofia pinta cinza sobre o grisalho, uma forma de vida já envelheceu e, com o cinza sobre cinza não se pode rejuvenescer, apenas reconhecer; A coruja de Minerva alça seu vôo Magia Presságios Espaço e tempo. A verdade emergira Da luta silenciosa Dissipando a ilusão? Pássaro da Cura Sagrada.» Sejamos A Coruja.