Terminada a sangria desatada dos abutres do PSD, liderados pelo Corvo-PSL, finalmente ouviu-se o silêncio. Façam-nos um favor: aprendam a ser oposição, aceitem com humildade a lição que o povo vos deu. Que este já não se ilude com palhaçadas, trapalhadas ... trapaças! Enfim, dos resultados eleitorais Pedro Santana Lopes e Manuela Ferreira Leite devem-nos ... o silêncio. Não fossem narcisistas do mais puro sangue e pedir-lhe-íamos que nos poupassem às suas tristes figuras e dessem como findas as suas aleivosias políticas. O primeiro - tanto lhe pedimos e o avisámos! - dedique-se aos negócios, enriqueça, arranje uma loura e desapareça para uma dessas ilhas soleiras longínquas ... dê um interregno a si mesmo, que acreditamos piamente, deve estar "pelos cabelos" (quais?) consigo próprio. A segunda - goze o seu papel de avózinha babada, reformada (elevada à sexta ou sétima casa) - e escreva uns romances ... para variar ("A mulher que queria ser ministra", já leram? recomendo.
Pois, o país aliviou e Lisboa resplandesceu. Por ora, o dragão foi paralizado. Ou seria um polvo?
O "Sol e Sombra" de hoje convidam-nos a um a reflexão pós-eleitoral.
Primeiro. É um facto que a votação de domingo em Lisboa marcou irremediavelmente dois destinos políticos a prazo.
PSL, que mercantilizara uma imagem sebastiânica desde a Figueira da Foz e em Lisboa, com a graça de Deus, não pára de acrescentar derrota a derrota. Depois do desastre das legislativas de 2005; sobrou-lhe um insignificante terceiro e último lugar na corrida à liderança do PSD contra Ferreira Leite e Passos Coelho; foi derrotado em Lisboa. Assim se transforma um "temível vencedor a crónico perdedor". Sabendo que PSL, foi abençoado por artes mágicas (negras, claro!), António Costa, quando lhe perguntaram se achava que o Pedrito assumiria o seu lugar de vereador, respondeu (provavelmente fazendo figas) "Ele anda sempre por aí!" Portanto, se a criatura não se apaga, resta-lhe ser a "alma penada" da política socialité portuguesa. Uma benção!
António Costa foi condecorado no domingo com galões de homem-pós-Sócrates. Pai a curto prazo do PS, sem hipótese de sombra.
Entre ganhos e perdas, há os desonrados, como Deus Pinheiro! Um homem cujo nome lembra o Natal (Pinheiro + Deus), lá fez o enorme frete de pensar em deixar o golf sem o seu taco um tempito, e representar o "Bom Jesus" - de Braga. Mas não é que por desgraça sua foi eleito? Há gente com um azar! Mais não lhe restou que fazer o que queria de facto fazer: estar-se nas tintas, voltar aos campos verdes e, vai daí, renunciou ao mandato. O que não teria acontecido se os seus colegas incompetentes tivessem dado a vitória do PSD e, automaticamente, um lugarzinho na presidência da AR? Pelo menos, vice-presidente! A imagem rota do PSD, créditos nulos, egoísmos ostensivos, egos sem paralelo! Que se lixe! Bruxelas sim isso é que é um país de gente séria e tão mais interessante! Agora, Braga? Tirando algumas letritas parecidas, resta o vício da boa vida e o hábito salutar de fazer o que lhe dá na real gana! À PSD!
Hoje, a seta ascendente laranja simboliza "um partido errático e em roda livre". Aguiar Branco e Paulo Mota Pinto lavam roupa suja em público disputando quem é suficientemente mau para assumir a liderança parlamentar.
Os casos António Preto e Helena Lopes da Costa foram a maior facada na suposta política de verdade e rectidão apregoada pela Manelinha.
"Politicamente ferida de morte com a severa derrota nas legislativas, que deixou o partido abaixo dos 30%, a direcção de Manuela Ferreira Leite arrasta-se sem decidir o seu fim. Entretanto, eclipsou-se do palco político e abriu um vazio de liderança que dá lugar a esta balbúrdia partidária: cada qual fala para seu lado, ninguém presta contas a ninguém, tomam-se decisões impróprias e prejudiciais, dizem-se enormidades embaraçosas e contraproducentes. É um partido que deambula à rédea solta, sem rei nem roque."
MFL diz que se está em agonia que morra, já que de nada mais lhe serve! Veja lá rica e se se quiser candidatar a PR? É que a menina, positivamente, não se enxerga! Vai de antevisão da morte até ao último respiro, que o há-de dar lá por alturas da votação do Programa do Governo e do Orçamento. "Sem perceber que ninguém ligará ao que irá dizer ou dará alguma importância à posição que tomar. Porque já ninguém lhe reconhece qualquer réstia de autoridade – a ela ou a este desacreditado PSD."
São estas pequenas coisinhas que nos fazem acreditar que, por milagre, às vezes, até na política, há justiça! Obrigado, São Pedro!