Que bom que era trocar esta fobia eleitoral com um pouco de folia passional. Algo que me fizesse saír do sério e passar à loucura da insanidade de uma grande paixão!
Ora, romântica como sou, recuso-me a pensar que é este terrível mau feitio, ser um rato de biblioteca, um fanático do trabalho, que me afasta de uma grande paixão!
Explicam-me então que O AMOR É QUÍMICA! NADA MAIS!
Fluxo e refluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da "vítima" - o apaixonado! As deusas adrenalina, noradrenalina, feniletilamina, dopamina, oxitocina, a serotonina e as endorfinas em plena orgia. Madame dopamina é a responsável pela sensação de felicidade, já Madame adrenalina aceleração o coração e causa excitação. A noradrenalina é a Senhora que gere o desejo sexual no casal. Está provocada a alquimia, o santo graal dos sentidos, explosão, ficção e pura química!
E uma grande ilusão, que isso mais não é que excesso de oxitocina no sangue.Nada espiritual, poético, sublime!
A impressão de se ter um vazio na ausência do outro não passa de uma gigante fraude!
A vontade de ficar perto do outro não passa de um desequilíbrio hormonal!
A activação dos córtices insular e cingular anterior e do núcleo paraventricular é a verdadeira precursora da produção de oxitocina no hipotálamo e sua conseqüente liberação pela hipófise posterior. E esta hormona é a que me dá o prazer de um simples beijo (que aliás de simples não tem nada e até hoje embora seja - infelizmente - moça de recato e privada de devaneios - só encontrei um homem que soubesse beijar! E Deus, beijava maravilhosamente!
Trata-se de um vício, Pura droga. Maldita Cocaína.
Esse aperto no meu peito porque não te vejo, nem te revejo, essa ... saudade, fatídico excesso de dopamina. Em doses baixas (0,5-2 mcg/Kg/min.) a dopamina actua sobre os receptores dopaminérgicos, produzindo vasodilatação mesentérica e renal. Tudo tem explicação!
Ora, eu que sempre fui de letras e nada de ciências, não sou caso de espantar, Daí que nem seja dada a ter nem a suscitar paixões.
Diz-se que o sexo tântrico recebe uma superdose de dopamina (10mcg/Kg/min.), estimula os receptores alfa adrenérgicos e produzindo um aumento da resistência periférica e vasoconstricção renal. Ambas as pressões, a sitólica e a diastólica, aumentam profusamente e resultam no incremento do gasto cardíaco e da resistência periférica. Mas o que me encanta é quando, por fim, as hormonas ocitocina e vasopressina entram na dança, e tratam de fazer evoluir a pura atracção - a paixão - para uma relação calma, duradoura e segura - o amor. Que só pode ser eterno!
Aí resta a resignação de se estar preso no mesmo elo, partilhar o laço, viver o resto da vida a dois, com o Outro! Mas, até lá, ou controlo os níveis de noradrenalina e vasopressina no sangue, ou morro de paixão por ti! Porque, ao contrário do teu, o meu coração não é de pedra é do mais fino cristal.
Maldita Ciência! Deitou por terra as Letras!
Ora, romântica como sou, recuso-me a pensar que é este terrível mau feitio, ser um rato de biblioteca, um fanático do trabalho, que me afasta de uma grande paixão!
Explicam-me então que O AMOR É QUÍMICA! NADA MAIS!
Fluxo e refluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da "vítima" - o apaixonado! As deusas adrenalina, noradrenalina, feniletilamina, dopamina, oxitocina, a serotonina e as endorfinas em plena orgia. Madame dopamina é a responsável pela sensação de felicidade, já Madame adrenalina aceleração o coração e causa excitação. A noradrenalina é a Senhora que gere o desejo sexual no casal. Está provocada a alquimia, o santo graal dos sentidos, explosão, ficção e pura química!
E uma grande ilusão, que isso mais não é que excesso de oxitocina no sangue.Nada espiritual, poético, sublime!
A impressão de se ter um vazio na ausência do outro não passa de uma gigante fraude!
A vontade de ficar perto do outro não passa de um desequilíbrio hormonal!
A activação dos córtices insular e cingular anterior e do núcleo paraventricular é a verdadeira precursora da produção de oxitocina no hipotálamo e sua conseqüente liberação pela hipófise posterior. E esta hormona é a que me dá o prazer de um simples beijo (que aliás de simples não tem nada e até hoje embora seja - infelizmente - moça de recato e privada de devaneios - só encontrei um homem que soubesse beijar! E Deus, beijava maravilhosamente!
Trata-se de um vício, Pura droga. Maldita Cocaína.
Esse aperto no meu peito porque não te vejo, nem te revejo, essa ... saudade, fatídico excesso de dopamina. Em doses baixas (0,5-2 mcg/Kg/min.) a dopamina actua sobre os receptores dopaminérgicos, produzindo vasodilatação mesentérica e renal. Tudo tem explicação!
Ora, eu que sempre fui de letras e nada de ciências, não sou caso de espantar, Daí que nem seja dada a ter nem a suscitar paixões.
Diz-se que o sexo tântrico recebe uma superdose de dopamina (10mcg/Kg/min.), estimula os receptores alfa adrenérgicos e produzindo um aumento da resistência periférica e vasoconstricção renal. Ambas as pressões, a sitólica e a diastólica, aumentam profusamente e resultam no incremento do gasto cardíaco e da resistência periférica. Mas o que me encanta é quando, por fim, as hormonas ocitocina e vasopressina entram na dança, e tratam de fazer evoluir a pura atracção - a paixão - para uma relação calma, duradoura e segura - o amor. Que só pode ser eterno!
Aí resta a resignação de se estar preso no mesmo elo, partilhar o laço, viver o resto da vida a dois, com o Outro! Mas, até lá, ou controlo os níveis de noradrenalina e vasopressina no sangue, ou morro de paixão por ti! Porque, ao contrário do teu, o meu coração não é de pedra é do mais fino cristal.
Maldita Ciência! Deitou por terra as Letras!