segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

As forças de segurança e os civis insurgem-se ....


O "controlo" tentado pelo Governo relativamente às forças de segurança parece não estar a surtir efeito. Investigadores da PJ desanimados e revoltados com a prática das miseráveis politicasgovernamentais, consubstanciada nos cortes do seu vencimento. Uma "reforma" que atingiu já quase 60% do vencimento, entre IRS, CGA, ADSE e cortes remuneratórios (este ano mais 4 a 9%). As associações socioprofissionais da GNR, por seu lado, também já alertaram para a crescente indignação sentida pelos militares, devido aos novos cortes nos vencimentos, e avisam que pode estar em perigo a sua ação como garantia da ordem e do cumprimento das leis. Em causa, ainda, "a forma despudorada como a tutela tem vindo a desrespeitar e colocar em causa a condição do militar da GNR". Para além dos "ataques às compensações subjacentes à permanente disponibilidade, penosidade, salubridade e perigosidade da missão desenvolvida. Relativamente às propostas de aumento das contribuições para o subsistema de saúde, as associações manifestam a sua "indignação face à forma ilegítima, pouco séria e imoral, como o Governo se prepara para colmatar o chumbo do Tribunal Constitucional, com recurso à penalização do subsistema de saúde dos militares da Guarda. Para 27 de fevereiro já está agendada uma manifestação nacional em Lisboa, convocada pela APG/GNR, contra os novos cortes nos vencimentos e o aumento da carga horária e dos descontos para o subsistema de saúde.

Entretanto, as medidas de austeridade aplicadas na Administração Pública desde 2010 já levaram a cortes nos salários líquidos dos funcionários que, nos casos de rendimentos de 3.000 € brutos, atingem 18,9%. A justificar esta redução está o corte salarial que entrou em vigor em 2011 e que foi agravado no âmbito do Orçamento do Estado para 2014, prevendo-se agora um corte salarial entre 2,5% e 12% para salários superiores a 675 €. 
Já não se trata de resistir, mas de como resistir! Sem pretender ficar de fora dos sacrifícios, estes profissionais consideram que foi ultrapassado o limite do sustentável e que os estão a obrigar a passar de sacrificados a indignos insolventes! E a revolta paira no ar! Quando civis e militares se juntam em uníssono na indignação "sinais de fumo" já se percebem ... e pode não ser de "fumo branco"!