Achei boa ideia lembrar aqui as histórias que demonstram a importância de uma vírgula. Lembram-se alguns da história que se presume (presunção ilídivel, claro) inverídica, relatada pela já falecida Helena Sanches Osório, que tinha a ver com um ministro, e em que ela afirmava que aquele recebera 120.000 contos para alterar uma vírgula numa lei. O que podia um simples traço - involuntário, até talvez - fazer ou contar? Ora, o que acontecia é a tal vírgula alterava completamente o sentido da lei. O caso ficou famoso e ainda hoje serve de mote a piadas politiqueiras. Uma vírgula. Ele há coisas! Uma simples e insignificante vírgula!
Ainda outro dia se falava de António Preto. Mais alguém que, por uma questão - que se presume, muito se presume, aqui pelas bandas da Justiça - de muita, mesmo muita, sorte, beneficiou com uma vírgula que, malvada seja ou coitada da pobre, se deixou cair no sítio errado. Neste caso, uma vírgula, maldita para uns e bendita para outros, num processo judicial. O seu processo judicial?! Resultado: julgamento adiado sine die. Primeiro, recorde-se, foi suspenso a 27 de Outubro de 2009 (ainda bem, porque a sentença podia não ser a melhor e não calhar a jeito, já que se estava em época de eleições, há tipos com uma sorte!), depois, devia ter arrancado, mas não arrancou, devido a um pedido de anulação do julgamento feito pelos co-arguidos no processo, Virgílio Sobral de Souza e Jorge Silvério. E esse pedido era por causa da tal senhora dona vírgula, que, sem se saber como nem porquê, caíu da caneta para o sítio errado, que era a morada para a notificação dos arguidos.
Ainda outro dia se falava de António Preto. Mais alguém que, por uma questão - que se presume, muito se presume, aqui pelas bandas da Justiça - de muita, mesmo muita, sorte, beneficiou com uma vírgula que, malvada seja ou coitada da pobre, se deixou cair no sítio errado. Neste caso, uma vírgula, maldita para uns e bendita para outros, num processo judicial. O seu processo judicial?! Resultado: julgamento adiado sine die. Primeiro, recorde-se, foi suspenso a 27 de Outubro de 2009 (ainda bem, porque a sentença podia não ser a melhor e não calhar a jeito, já que se estava em época de eleições, há tipos com uma sorte!), depois, devia ter arrancado, mas não arrancou, devido a um pedido de anulação do julgamento feito pelos co-arguidos no processo, Virgílio Sobral de Souza e Jorge Silvério. E esse pedido era por causa da tal senhora dona vírgula, que, sem se saber como nem porquê, caíu da caneta para o sítio errado, que era a morada para a notificação dos arguidos.
Por isso maço sempre tanto os meus formandos para que escrevam bom português. Vejam como um qualquer funcionário, absolutamente desatinado com a Língua de Eça, perante a árdua e complexa tarefa de colocar endereços nas notificações, fez mau uso da dita vírgula! Por mim, já que se perdeu de vista a data do julgamento, ao menos podia tentar localizar-se o autor dessa insignificante falha no uso da pontuação e obrigá-lo a frequentar as Novas Oportunidades, para aprender a importância de uma simples vírgula. E já que se fala tanto em evasão fiscal e em sinais exteriores de riqueza, seria interessante que se tivesse certificado a existência de súbitos e recentes sinais exteriores de riqueza. Até porque seria da maior relevância saber quanto custa uma vírgula, para depois estabelecermos um parâmetro para o preço dos pontos finais, dos parágrafos, das aspas, das reticências, dos parêntesis e por aí fora .... Sim, porque, se há tantos anos uma vírgula custou 120.000 contos, hoje deve ser coisa para muito mais. Há quem diga que saíu a sorte grande a António Preto (há que ir a Fátima, homem, que milagres não há todos os dias!), mas estou em crer mais em mãos humanas que em mãos divinas. Vai dai tenho a ideia que se tem seguido a vida do funcionário errante ainda se vinha a descobrir que ele, afinal, não era nenhuma besta, e que até pode ter. agora, uma vida ... bestial. Tudo por causa da santa de uma vírgula, ele há coisas!!!!!
Porreiro, ah?!
Porreiro, ah?!