Crato continua a não ter ideia do que fazer com a pasta que lhe meteram nas mãos. Ontem, perante os deputados da comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, revelou a renegociação de uma linha de crédito (verbas comunitárias + Orçamento do Estado), para financiar o retomar das obras nas 14 escolas que estavam a ser intervencionadas pela Parque Escolar e que ele próprio mandou suspender. Sobre as obras do Parque Escolar, lamentavelmente, ainda muito se há-de dizer, e com muita razão! O que é certo é que o show-off que o fez pôr um ponto final nas obras não se resolve com um despacho, até porque implicará pagar indemnizações aos empreiteiros por paragem das empreitadas por ordem do dono da obra e por motivos exclusivamente imputáveis àquele [os consultores ministeriais continuam a evidenciar um desconhecimento constrangedor em matéria de contratação pública!]. Compensações cujo valor equivale a berlindes quando comparado com o tal custo que era imperativo subtrair ao orçamento da educação e que levou a que, estupidamente, mais de 62 mil crianças ficassem privadas do ensino de inglês. Também ontem, se anunciou que este será reposto, gradualmente, e que integrará obrigatoriamente o currículo do 3.º e 4.º anos do 1.º ciclo do ensino básico a partir de 2015/2016. Crato joga nos infantis. No entretanto dos seus disparates juvenis, perderam-se três anos. Não conseguiu nada de positivamente registável na Escola Pública mas portou-se como um puto seguidor das linhas descosidas de Gaspar: os cortes na Educação atingiram os 1100 milhões nos últimos três anos. O bom puto levou a lição a peito e, fez o que lhe mandaram. Foi o "milagre" do rateio dos custos. Os putos, os outros, são-lhe completamente irrelevantes na questão! Assim como assim, de uma assentada só, encrencou o futuro de uma geração, falseou poupanças - é aguardar para verificar o custo com a sobrecarga de custos compensatórios a caírem nos bolsos gordos da Parque Escolar e outros - e degradou as condições de trabalho de professores e de alunos. Este puto, quando acabar de fazer os trabalhos manuais, passa à história, como uma das maiores desgraças que se abateu sobre a educação neste País, mas, malgrado tudo isto, há-de ter à sua espera uma cadeira forrada a oiro noutro qualquer poiso público. Os outros putos, os pobres putos, continuam por aí, lixados com este falso tutor, que nunca entendeu que os putos, os verdadeiros putos, «são como bandos de pardais à solta»! Os putos do poder nada entendem de pardais, são mais do tipo aves de rapina. Os putos, os pardais e Crato, O Rapina. AM