domingo, 19 de maio de 2013

da rosa, da fénix e do pelicano - António Lopes


Na sexta-feira, fui ao lançamento do livro, no GOL, do António Lopes, "da rosa, da fénix e do pelicano", compreender o ritual do 1º ao 18º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito. Li com agrado e registo uma nota muito positiva. aqui fica um excerto.
"Quanto à Maçonaria do século XVIII, e apesar de todas as diferenças na estrutura do escocismo, ela assentava em dois pilares: a Fraternidade, dando origem a uma corrente mais filosófica, e o Segredo, com uma via mais mística que bebe alguma influência rosacruziana, mas ambas visando uma moral social baseada na Fraternidade, fazendo o imaginário do ritual remontar aos Cavaleiros Templários, onde o Segredo era a chave do trabalho no Templo. Refira-se, a propósito, que o Segredo é uma das evocações dos Cavaleiros do Templo presentes no ritual: o segredo da regra, o segredo do Capítulo, a eleição do Grão-Mestre ou o segredo da rosa associado à imortalidade expressa na cruz, cujo ramo vertical representa a vida enquanto o ramo horizontal representa a morte, exprimindo assim a Unidade Primordial. Ragon fala-nos da cruz como emblema da imortalidade e da rosa como um símbolo do silêncio. Para a História ficou registado o Segredo que os inquisidores reais pretendiam arrancar aos Templários condenados, ou nos séculos XVIII e XIX, o segredo maçónico que tanto perturbava a Inquisição e que constitui uma espécie de espaço mágico de fronteiras pouco definidas. Por outro lado, os Estatutos Gerais da Ordem, na sua versão primitiva, logo quando a Maçonaria estrutura as suas regras de funcionamento ainda no século XVIII, definem que o Templo deve ser vedado a olhares profanos, já que o segredo é a primeira condição da Ordem. A propósito do Segredo, note-se que o conceito em Maçonaria, não se refere a algo "que não se diz" por precaução, mas antes ao "que é indizivel", algo que é tão íntimo e sentido, que só o próprio o pode viver, não sendo possível a linguagem corrente conseguir traduzi-lo em pleno. (...) A aprendizagem deste conceito faz-se pela via iniciática e todo o maçon que percorre a via da Sabedoria toma consciência dele." (António Lopes, da rosa, da fénix e do pelicano, compreender o ritual do 1º ao 18º grau do rito Escocês Antigo e Aceito, pags. 56 e 57)